Biden pede ao Congresso acordo de imigração em troca de ajuda a Kyiv

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden exortou esta sexta-feira o Congresso a avançar com um acordo legislativo que imponha maiores restrições à imigração na fronteira sul, em troca de um novo pacote de ajuda financeira à Ucrânia.

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© JIM WATSON/AFP via Getty Images

Lusa
27/01/2024 06:32 ‧ 27/01/2024 por Lusa

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EUA

Em comunicado, o chefe de Estado norte-americano pediu aos legisladores que avancem com este diploma sobre a migração, que está a ser negociado por senadores do Partido Democrata e do Partido Republicano, para "abordar a situação na fronteira" com o México.

"Se levam a sério a crise fronteiriça, aprovem um projeto de lei bipartidário e eu o assinarei", garantiu Biden.

Um grupo de senadores republicanos e democratas está a negociar há várias semanas um projeto de lei que visa impor maiores restrições à migração através da fronteira, em troca de uma nova aprovação de apoio financeiro à Ucrânia, que combate a invasão russa desde fevereiro de 2022.

Este projeto sobre a migração ainda não tem apoio suficiente na Câmara dos Representantes (câmara baixa), controlada pelos republicanos, para ser aprovado.

Numa carta também publicada esta sexta-feira, o líder da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, explicou que o projeto de lei que está a ser negociado neste momento 'morrerá' quando chegar à câmara baixa.

"Desde o dia em que me tornei presidente, garanti aos nossos colegas do Senado que a Câmara não aceitaria qualquer contraproposta se não resolvesse verdadeiramente os problemas criados pelas políticas [de fronteira] subversivas da administração [Biden]", acrescentou Johnson.

Os republicanos já apresentaram perante a Câmara dos Representantes, em maio do ano passado, um projeto de lei sobre questões de imigração, que inclui medidas radicais como a retirada do apoio federal às organizações não-governamentais (ONG) que fornecem ajuda humanitária a quem atravessa a fronteira sul dos Estados Unidos.

O conteúdo do projeto de lei em negociação no Senado (câmara alta) ainda não é de conhecimento público, mas nas reuniões para o fazer avançar foi proposto retomar as expulsões imediatas na fronteira e ampliar a capacidade do Governo para deportar migrantes, entre outras medidas restritivas, conforme adiantaram fontes próximas ao processo à agência Efe.

A Casa Branca não confirmou estas informações, mas indicou que Biden está "aberto a compromissos" se os negociadores conseguirem reunir apoio suficiente, detalhou um porta-voz do Governo por escrito à Efe.

Mike Johnson também realçou esta sexta-feira, na mesma carta, que qualquer votação sobre novo financiamento de ajuda à Ucrânia está condenada ao insucesso.

Este comentário surge numa altura em que, segundo a comunicação social norte-americana, o antigo Presidente e candidato à Casa Branca Donald Trump está a pressionar os congressistas republicanos para bloquearem os pedidos orçamentais do Governo do Presidente democrata Joe Biden.

Joe Biden tem pedido um aumento orçamental de cerca de 100 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) para responder a necessidades prementes, incluindo a ajuda à Ucrânia, que tem nos Estados Unidos o principal fornecedor de equipamento militar.

A última entrega de ajuda militar norte-americana à Ucrânia foi anunciada em 27 de dezembro, e a Casa Branca já reconheceu que, sem uma extensão do orçamento por parte do Congresso, não haverá novas tranches de auxílio militar ou financeiro.

Leia Também: Biden discute com mediadores do Egito e Qatar cessar-fogo em Gaza

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