"Estas acusações são feitas com um objetivo político que visa inverter as realidades da região", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, num comunicado citado pela agência de notícias oficial do Irão, Irna.
As alegações "também demonstram a influência de terceiros, incluindo o regime sionista que mata crianças", acrescentou Nasser Kanaani, referindo-se a Israel, envolvido numa guerra com o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro.
"Os grupos de resistência nesta região estão a responder aos crimes de guerra e ao genocídio cometidos pelo regime sionista", "não estão a receber ordens" do Irão e "estão a decidir as suas ações com base nos seus próprios princípios", assegurou ainda o porta-voz.
De acordo com um responsável norte-americano citado pela Associated Press mas que pediu para não ser identificado, além de cinco vítimas mortais, o número de soldados feridos aumentou para 34.
Outros dois funcionários norte-americanos identificaram a base atacada como uma instalação na Jordânia conhecida como Torre 22, localizada ao longo da fronteira com a Síria e utilizada principalmente por tropas envolvidas em aconselhamento e assistência às forças jordanas.
O governo jordano, que não reconhece a existência desta instalação, afirmou que o ataque ocorreu fora da Jordânia, designadamente numa base dos EUA na Síria.
O ministro das Comunicações do Governo do reino, Muhannad Mubaidin, disse à televisão estatal jordana Al Mamlaka que o ataque com um drone visou a base de al-Tanf, no leste da Síria.
O grupo de milícias pró-iranianas Resistência Islâmica no Iraque declarou no domingo que o ataque foi apenas uma "pequena amostra do inferno".
A milícia al-Nujaba, uma das mais destacadas da Resistência Islâmica no Iraque, congratulou-se com os vários ataques que o grupo lançou nos últimos meses contra posições norte-americanas na Síria e no Iraque.
"Não tenham dúvidas: todos os responsáveis [pelo ataque] irão prestar contas, no momento e da forma que escolhermos", afirmou no domingo o Presidente norte-americano, Joe Biden, através da rede social X.
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, assegurou que "serão tomadas todas as medidas necessárias para defender os Estados Unidos, as suas tropas e interesses".
Os senadores republicanos Lindsey Graham e John Cornyn defenderam no domingo "atacar Teerão", a capital iraniana, em resposta ao ataque.
Também o candidato à nomeação presidencial republicana, Donald Trump, considerou, na rede social Telegram, o ataque uma "consequência horrível e trágica da fraqueza e rendição de Joe Biden".
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