Idoso que roubou sapatos de 'O Feiticeiro de Oz' poupado da prisão
Homem de 76 anos terá apenas mais seis meses de vida, dizem os seus advogados.
© John Lamparski/WireImage
Mundo Feiticeiro de Oz
A justiça norte-americana 'poupou' da prisão o homem que admitiu ter roubado os sapatos vermelhos com rubis usados pela personagem de Judy Garland, Dorothy, em 'O Feiticeiro de Oz'.
Segundo a BBC, Terry Jon Martin, de 76 anos, que conta com um longo cadastro criminal, declarou-se culpado de ter roubado os sapatos do museu onde estavam guardados em 2005, nos Estados Unidos.
Na segunda-feira, o homem - que, segundo os seus advogados, se estima ter apenas mais seis meses de vida, devido ao seu delicado estado de saúde - não mostrou emoção ao ser lida a sentença.
Segundo a cadeia ABC, sofre de uma doença pulmonar obstrutiva crónica, revelando-se incapaz de se colocar em pé no momento da leitura da sentença. Foi condenado, no entanto, a pagar 23.500 dólares (cerca de 21.700 euros) ao museu, ainda que não seja aparente que tenha disponível essa quantia de dinheiro.
A sua defesa alegou que, desde a última vez que foi libertado da prisão, Martin passou cerca de 10 anos sem cometer qualquer crime. Foi então, no entanto, que um antigo conhecido do mundo do crime o convenceu a roubar os sapatos. Estavam emprestados ao museu Judy Garland, em Grand Rapids, Minnesota, nos EUA, sob um seguro de 1 milhão de dólares (cerca de 920 mil euros).
"No início, Terry recusou o convite para participar no assalto. Mas a ideia de um ‘último golpe’ entusiasmou-o. Após muita contemplação, teve uma recaída criminosa e decidiu participar no roubo", escreveram os seus advogados.
Munido com um martelo, e uma vez dentro do museu, o idoso partiu o vidro que protegia os sapatos e roubou-os, conforme o próprio confessou em outubro do ano passado.
O homem alegou nem sequer ter visto o icónico filme de 1939, pretendendo unicamente vender os rubis que faziam parte do calçado. Acabou, no entanto, por desfazer-se dos sapatos quando descobriu que os alegados rubis eram, afinal, feitos de vidro.
Só no ano passado é que Martin foi acusado pelo crime, tendo as autoridades norte-americanas recuperado os sapatos em 2018, graças a um informador.
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