De sorrisos a "trabalho muito sério". O reencontro de Putin e Lukashenko

As promessas de cooperação foram reiteradas e os países continuam a mostrar-se em acordo na forma de lidar com os problemas globais e regionais. De parte não ficaram as críticas ao Ocidente.

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© Sputnik/Dmitry Astakhov/Pool via REUTERS

Notícias ao Minuto
30/01/2024 08:27 ‧ 30/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, voltaram a encontrar-se nos últimos dias e, na segunda-feira, presidiram a uma reunião do Conselho de Estado Supremo do Estado da União da Rússia e da Bielorrússia, em São Petersburgo. Os dois chefes de Estado tiveram tempo para discutir tudo, "do Polo Norte ao Polo Sul", passando pelas "aspirações" da China. 

As promessas de cooperação foram reiteradas e os países continuam a mostrar-se em acordo na forma de lidar com os problemas globais e regionais, segundo disse Putin.

"É importante que, no meio de uma pressão externa sem precedentes, a Rússia e a Bielorrússia cooperem estreitamente na arena mundial, prestando um apoio verdadeiramente aliado uma à outra. As abordagens dos nossos países aos problemas globais e regionais são idênticas ou muito próximas", afirmou Putin, na referida reunião, onde foram definidas medidas conjuntas, segundo cita a agência estatal russa TASS. 

"Trabalharemos em conjunto no interesse da formação de uma ordem mundial verdadeiramente multipolar, democrática e justa, de uma segurança igual e indivisível", sublinhou.

Já o presidente da Bielorrússia adiantou na reunião que discutiu com Putin, nesta visita, inúmeros problemas e, segundo descreveu, "desde o Polo Sul até ao Polo Norte".

"Fizemos um trabalho muito sério nestes últimos dois dias. Não estou a brincar. Posso dizê-lo desta forma: do Polo Sul ao Polo Norte. Discutimos também os problemas da Antarctica", afirmou. 

"Naturalmente, analisámos os acontecimentos que estão a ocorrer no mundo. Vejamos as aspirações da Rússia e da Bielorrússia, bem como da República Popular da China. A Rússia está na linha da frente, porque carrega o maior fardo e sofre mais do que qualquer outro país. A razão de tudo isto são os Hutis, o Médio Oriente, o Mar do Sul da China e os problemas com Taiwan. Tudo isto se deve ao facto de o mundo multipolar estar a chegar", defendeu. 

De parte não ficaram as críticas ao Ocidente, que acusou de recorrerem a "conflitos armados" para tentarem preservar a sua unipolaridade. 

Recorde-se que o regime bielorrusso é aliado de Moscovo e na invasão da Ucrânia as tropas russas usaram território da Bielorrússia. Além disso, no ano passado, o país recebeu armas nuclear da Rússia.

Veja na fotogaleria acima as imagens desta reunião. 

Leia Também: PE investiga eurodeputada letã suspeita de ter trabalhado para FSB russo

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