"O avião foi abatido, isto já foi estabelecido com toda a certeza, por um sistema Patriot americano", que terá sido disparado a partir do "território controlado pelas forças ucranianas", disse Putin, durante evento organizado em Moscovo.
"O facto de terem abatido um avião onde estavam os seus soldados permite-nos supor que o fizeram acidentalmente. Mas ainda assim é um crime", acrescentou Putin, dizendo acreditar que Kiev queria provocar a Rússia, por forma a obter uma resposta de Moscovo.
Muitas questões permanecem por responder uma semana após a queda de um avião militar russo perto da fronteira com a Ucrânia.
A Rússia garante que o Exército ucraniano abateu o avião que transportava 74 pessoas, incluindo, segundo Moscovo, 65 prisioneiros de guerra ucranianos que iam ser trocados.
Mas, nesta fase, as autoridades russas não forneceram provas que estabeleçam com certeza que prisioneiros de guerra ucranianos viajavam na aeronave e que Kiev sabia disso, como afirma Moscovo.
A Ucrânia, por seu lado, não comentou diretamente o seu alegado envolvimento no incidente e manifestou dúvidas sobre a presença dos seus soldados a bordo.
As autoridades de Kiev, no entanto, confirmaram que uma troca de prisioneiros estava planeada no dia do acidente e que acabou por não se concretizar.
"Exigimos e insistimos que haja uma investigação internacional", disse hoje Vladimir Putin, queixando-se de que não há organizações internacionais dispostas a fazê-lo.
Leia Também: Ator russo julgado à revelia por combater ao lado de ucranianos