"É importante que esta decisão tenha sido tomada por unanimidade por todos, os 27 Estados-membros. É mais um sinal claro da vossa união forte e apoio à Ucrânia", disse Volodymyr Zelensky aos líderes, por videoconferência, no discurso a que a Lusa teve acesso.
O Presidente ucraniano acrescentou que o acordo anunciado ao início da manhã de hoje restaura a credibilidade dos 27, depois de, em dezembro, os chefes de Estado e de Governo da UE terem falhado o acordo sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual da UE, que incluía um pacote de 50 mil milhões de euros para a Ucrânia entre 2024 e 2027.
"Da última vez que houve reunião do Conselho Europeu, a credibilidade da Europa estava em jogo. Todos juntos, conseguiram fortalecê-la. A UE provou que a palavra tem peso e que as promessas que faz são para o interesse de toda a Europa", acrescentou.
O chefe de Estado ucraniano disse que este ano "é essencial e decisivo demonstrar a completa confiança na Europa e a eficácia das suas decisões".
E argumentou que a "agressão da Rússia" foi "contra a Europa" e ganhou outra relevância com a entrada de armamento norte-coreano em jogo.
"[O armamento fornecido por Pyongyang] já está a aterrorizar as nossas cidades, além dos Shaheds iranianos [pequenos drones iranianos] que estão a destruir as nossas infraestruturas civis. Os nossos serviços de inteligência confirmam que a Rússia vai receber um milhão de munições de artilharia de Pyongyang", revelou.
"Entretanto, infelizmente, a implementação do plano europeu para fornecer um milhão de munições de artilharia está a ser adiado. E isto também é um sinal de competição global, que a Europa não pode perder", completou.
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