Um dos ataques aéreos teve como alvo um edifício da escola Moussa Ben Nousseir que albergava deslocados na cidade de Gaza, no norte do enclave, durante a madrugada de domingo e fez oito mortos, incluindo quatro crianças, disse a Proteção Civil.
As IDF alegaram ter realizado "um ataque direcionado contra terroristas do [movimento islamita palestiniano] Hamas que operavam" dentro do sistema "para preparar ataques terroristas contra as tropas israelitas e o Estado de Israel".
"Foram tomadas várias medidas antecipadamente para reduzir o risco de afetar os civis", disse o exército israelita.
De acordo com a Proteção Civil, um outro ataque, visando a casa de uma família em Deir al-Balah, também no centro da Faixa de Gaza, fez 13 vítimas.
O exército israelita indicou que tinha como alvo, "com base em inteligência", um terrorista da Jihad Islâmica, outro movimento armado palestiniano, e que o referido número de 13 mortos não correspondia às informações de que dispunha.
As equipas de resgate de Gaza reportaram ainda três mortes "não identificadas" num ataque perto de Rafah, no sul do enclave, e outras quatro na cidade de Gaza num ataque com drones.
Na noite de domingo, pelo menos sete pessoas morreram num bombardeamento israelita contra tendas que albergam palestinianos deslocados, perto do Hospital Britânico na chamada 'zona humanitária' de Al Mawasi, na costa sul da Faixa de Gaza.
De acordo com fontes locais, citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, há "dezenas de feridos com diversas lesões" e o ataque aéreo provocou vários incêndios que estão a dificultar o acesso das equipas de resgate às vítimas.
As IDF alegaram que um caça atacou "um terrorista" do Hamas, "que operava na zona humanitária de Khan Yunis", a cerca de nove quilómetros de Al Mawasi.
No sábado, o movimento palestiniano adiantou que está "mais próximo do que nunca" de um possível acordo de paz para Gaza se Israel deixar de acrescentar novos termos às "difíceis negociações" para pôr fim a quase um ano e meio de conflito.
O atual conflito no Médio Oriente, que já causou dezenas de milhares de mortos, sobretudo em Gaza, foi desencadeado por um ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023.
Desde então já morreram 1.208 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse baseada em números oficiais israelitas e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Mais de 45 mil palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel em território palestiniano, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, controlado pelo Hamas.
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