Hutis confirmam morte de jornalista palestiniana em ataque em Rafah

A jornalista palestiniana Alaa al Hams morreu num bombardeamento israelita à sua casa, no leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, confirmou um dos porta-vozes dos rebeldes Hutis do Iémen.

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© Mohammed Hamoud/Getty Images

Lusa
12/02/2024 19:52 ‧ 12/02/2024 por Lusa

Mundo

Gaza

Al Hams trabalhou como correspondente da televisão iemenita Al Masira, de propriedade dos Huthis, tendo a morte da jornalista sido confirmada por Mohamed Abdelsalam, na sua conta na rede social X, antigo Twitter: "A jornalista palestina Alaa Al-Hams morreu devido aos ferimentos que sofreu como resultado de um brutal bombardeio sionista na casa de sua família, a leste de Rafah".

O mesmo porta-voz do grupo que controla grande parte do Iémen e tem levado a cabo diversos ataques no mar vermelho renovou a "condenação, denúncia e rejeição da atual agressão sionista contra Gaza".

"Afirmamos que o Iémen continuará com a sua posição de apoio e que qualquer escalada só será defrontada com escalada", alertou.

O Comité para a Proteção dos Jornalistas estima que pelo menos 83 jornalistas morreram enquanto cobriam o conflito, três dos quais no Líbano, embora outras organizações de direitos humanos relatem números mais elevados.

As autoridades de Gaza informaram que pelo menos 28.300 pessoas foram mortas desde o início da ofensiva israelita em retaliação aos ataques de 7 de outubro perpetrados pelas milícias do Hamas contra o sul de Israel, nos quais cerca de 1.200 pessoas foram mortas.

Já esta segunda-feira, as forças Hutis reivindicaram um ataque com mísseis navais contra um navio da marinha mercante no Mar Vermelho, alegando que se trata de uma embarcação dos Estados Unidos.

Esta declaração ocorre depois de a Marinha de Guerra do Reino Unido ter informado sobre um novo ataque, com dois mísseis, contra um navio no Estreito de Bab el Mandeb, a 40 milhas a sul de Al Mokha, ao largo do Iémen. 

Londres e Washington atacaram recentemente posições Hutis, apoiados pelo Irão, com 'drones' e mísseis.  

O mesmo documento divulgado hoje pelo movimento xiita que controla o Iémen frisa que os Hutis vão continuar a "impedir a navegação israelita, ou com ligações a Israel, no Mar Vermelho ou no Mar Arábico até que termine a agressão contra a Faixa de Gaza".

"Trata-se de um dever moral e religioso", refere o comunicado. 

Leia Também: Hutis reivindicam ataque a navio norte-americano no Mar Vermelho

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