Ucrânia. Exército está a ficar "sem munições" pela falta de apoio dos EUA

O conselheiro de segurança nacional do Presidente norte-americano Joe Biden alertou hoje que o Exército ucraniano está cada vez mais a racionar munições ou a ficar mesmo sem projéteis na frente de combate.

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© Jim Lo Scalzo/EPA/Bloomberg via Getty Images

Lusa
15/02/2024 00:00 ‧ 15/02/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A cada dia que passa, o custo da inação dos EUA aumenta para os corajosos ucranianos na linha da frente", realçou Jake Sullivan, apelando ao Congresso dos EUA para aprovar rapidamente um novo pacote de ajuda para a Ucrânia.

Os ucranianos "encontrar-se-ão numa posição mais fraca se não receberem as munições, os sistemas de defesa aérea e outros equipamentos de que necessitam", acrescentou.

O novo comandante das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Syrsky, considerou hoje que a situação no campo de batalha é "extremamente complexa", após uma primeira visita à frente de combate, com a Ucrânia sem homens e armas face ao invasor russo.

O líder republicano da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso norte-americano) recusou-se na terça-feira a submeter a votação um projeto de lei de ajuda americana à Ucrânia que acabava de ser aprovado pelo Senado (câmara alta).

Sem a adoção de um novo envelope, que prevê 95 mil milhões de dólares (88,5 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual), incluindo 60 mil milhões de dólares (56 mil milhões de euros) para a Ucrânia, 14 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros) para Israel, bem como fundos para Taiwan, a ajuda norte-americana ao Exército ucraniano, interrompida desde o final de dezembro, não será retomada.

Este bloqueio, para além da discussão parlamentar, resulta de um impasse entre o Presidente norte-americano Joe Biden e o seu antecessor republicano Donald Trump, ambos candidatos às eleições presidenciais de novembro.

"Eu digo aos republicanos da Câmara: vocês devem escolher. Vocês defenderão a liberdade ou ficarão do lado do terror e da tirania?", questionou Joe Biden na terça-feira, referindo-se à influência do seu rival sobre os congressistas conversadores.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Leia Também: Ucrânia proíbe ex-presidente de sair do país por "razões de segurança"

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