Reino Unido preocupado com impacto "potencialmente devastador" em Rafah

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, instou hoje Israel a dar prioridade a uma pausa nos combates na Faixa de Gaza, alertando o homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, para o impacto potencialmente devastador de uma incursão militar em Rafah.

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© Jeff J Mitchell - WPA Pool/Getty Images

Lusa
15/02/2024 19:21 ‧ 15/02/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Embora tenha reafirmado o apoio ao direito de Israel de se defender do grupo islamita palestiniano Hamas e de "garantir a sua segurança a longo prazo", Sunak vincou numa conversa mantida com Netanyahu estar "profundamente preocupado com a perda de vidas civis em Gaza e com o impacto humanitário potencialmente devastador de uma incursão militar em Rafah [na zona sul do enclave palestiniano]", segundo indicou um porta-voz governamental.

"A prioridade imediata deve ser a negociação de uma pausa humanitária que permita a libertação segura dos reféns e facilite o envio de uma ajuda consideravelmente maior para Gaza, conduzindo a um cessar-fogo sustentável a longo prazo", indicou a mesma fonte.

Na conversa com o primeiro-ministro israelita, Sunak referiu a dimensão da crise humanitária em Gaza e instou Israel a abrir totalmente o posto de controlo de Kerem Shalom e a permitir a entrega de ajuda internacional por via marítima através do porto de Ashdod.

De acordo com o porta-voz, o chefe do Governo britânico salientou ainda a importância de Israel respeitar o Direito Internacional Humanitário e de proteger infraestruturas civis, como hospitais e campos de refugiados, e levantar restrições ao acesso da ONU e outras agências humanitárias a Gaza. 

O primeiro-ministro britânico reiterou que "a longo prazo, o Reino Unido continua a acreditar que uma solução viável de dois Estados é o melhor meio de alcançar uma paz duradoura e a estabilidade tanto para os israelitas como para os palestinianos", mas concordou que "o Hamas não pode ter qualquer papel na futura governação de Gaza".

Apesar da crescente rejeição internacional, o Governo de Benjamin Netanyahu está determinado em prosseguir o ataque terrestre em direção a Rafah, no extremo sul do enclave e junto à fronteira com o Egito, onde se concentram cerca de dois milhões de palestinianos expulsos de outras regiões do território, que sobrevivem confrontados com uma crise humanitária sem precedentes.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.

Nesse dia, cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de duas centenas feitas reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas cerca de 29.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 68.000, também maioritariamente civis. 

Leia Também: Reino Unido disposto a lançar novos ataques contra Hutis

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