Navalny? "Tragédia terrível", mas EUA aguardam confirmação

Os Estados Unidos reagiram hoje com alguma precaução ao anúncio da morte do dissidente russo Alexei Navalny, afirmando que, a confirmar-se, "é uma tragédia terrível".

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Lusa
16/02/2024 13:41 ‧ 16/02/2024 por Lusa

Mundo

Navalny

"Dada a longa e sórdida tendência do Governo russo de destruir os seus opositores, há questões óbvias sobre o que acabou de acontecer", disse o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan, numa entrevista à rádio pública NPR.

Sullivan acrescentou que Washington estava a tentar confirmar a informação antes de "decidir como proceder", segundo a agência francesa AFP.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, não reagiu de imediato, mas já tinha lançado um aviso em junho de 2021 a Vladimir Putin.

No final de uma reunião na Suíça com o líder russo, Biden foi questionado sobre a possibilidade da morte de Alexei Navalny.

"Disse-lhe [a Putin] muito claramente que pensava que as consequências seriam devastadoras para a Rússia", afirmou então.

Navalny morreu hoje, aos 47 anos, numa colónia penal no Ártico, para onde tinha sido transferido em dezembro, depois de ter estado numa prisão na região de Vladimir, a menos de 200 quilómetros de Moscovo.

A notícia foi divulgada pelos serviços prisionais da Rússia.

Os apoiantes de Navalny ainda não confirmaram a morte do dissidente.

Os múltiplos julgamentos de Navalny foram amplamente denunciados como sendo políticos e uma forma de o castigar por se opor a Vladimir Putin.

As autoridades russas não forneceram praticamente nenhum pormenor sobre as condições da morte de Navalny, limitando-se a uma declaração concisa.

Disseram que tinham feito tudo o que estava ao seu alcance para reanimar o opositor, que se encontrava em mau estado de saúde após um colapso enquanto caminhava.

Leia Também: Espanha exige explicações à Rússia sobre morte de Navalny na prisão

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