"Dada a longa e sórdida tendência do Governo russo de destruir os seus opositores, há questões óbvias sobre o que acabou de acontecer", disse o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan, numa entrevista à rádio pública NPR.
Sullivan acrescentou que Washington estava a tentar confirmar a informação antes de "decidir como proceder", segundo a agência francesa AFP.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, não reagiu de imediato, mas já tinha lançado um aviso em junho de 2021 a Vladimir Putin.
No final de uma reunião na Suíça com o líder russo, Biden foi questionado sobre a possibilidade da morte de Alexei Navalny.
"Disse-lhe [a Putin] muito claramente que pensava que as consequências seriam devastadoras para a Rússia", afirmou então.
Navalny morreu hoje, aos 47 anos, numa colónia penal no Ártico, para onde tinha sido transferido em dezembro, depois de ter estado numa prisão na região de Vladimir, a menos de 200 quilómetros de Moscovo.
A notícia foi divulgada pelos serviços prisionais da Rússia.
Os apoiantes de Navalny ainda não confirmaram a morte do dissidente.
Os múltiplos julgamentos de Navalny foram amplamente denunciados como sendo políticos e uma forma de o castigar por se opor a Vladimir Putin.
As autoridades russas não forneceram praticamente nenhum pormenor sobre as condições da morte de Navalny, limitando-se a uma declaração concisa.
Disseram que tinham feito tudo o que estava ao seu alcance para reanimar o opositor, que se encontrava em mau estado de saúde após um colapso enquanto caminhava.
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