"Uma ampliação das operações militares [israelitas] a Rafah [no sul da Faixa de Gaza] terá consequências gravíssimas para a população", alertou a neerlandesa Sigrid Kaag, depois de uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da União Europeia (UE), em Bruxelas, incluindo com o chefe da diplomacia portuguesa João Gomes Cravinho.
A coordenadora da ONU para a resposta humanitária e reconstrução do enclave palestiniano, que desde 07 de outubro está a ser de alvo de intensos bombardeamentos israelitas em retaliação aos ataques do Hamas no sul de Israel, disse que as declarações que fez recolheram apoio de uma parte dos ministros europeus, incluindo sobre a necessidade de continuar a apoiar a Agência das Nações Unidas de Apoio aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês).
"A capacidade de prestar assistência humanitária em Gaza não encontra substituto sem a UNRWA", sustentou.
Sigrid Kaag, antiga ministra das Finanças dos Países Baixos, lamentou ainda que o Governo de Telavive continue empenhado em bombardear um dos últimos locais em Gaza que não está dizimado, numa referência a Rafah.
"O 'timing' é a única questão que está a ser discutida", afirmou a representante.
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