A destruição da floresta passou de 198 quilómetros quadrados em janeiro de 2023 para 79 quilómetros quadrados em janeiro de 2024.
Apesar da queda, a destruição detetada na Amazónia em janeiro equivale à perda de mais de 250 campos de futebol por dia de floresta e foi maior do que as registadas no mesmo mês de anos como 2016, 2017 e 2018.
"Para reduzir ainda mais a derrubada e chegarmos à meta de desflorestação zero em 2030, que é prioritária para o Brasil reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, é essencial continuar investindo em fiscalização e fortalecimento dos órgãos ambientais e fazer a destinação de florestas públicas para criação de novas áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação", afirmou Larissa Amorim, investigadora da Imazon.
Roraima foi o estado brasileiro com maior devastação registada em janeiro, representando 40% da área derrubada em toda Amazónia brasileira, seguido pelo Mato Grosso (24%) e Pará (18%).
A organização chamou atenção sobre desflorestação em terras indígenas. Das dez terras indígenas mais desflorestadas no país em janeiro, seis ficam em Roraima, sendo cinco com territórios exclusivamente no estado e uma com parte da área no Amazonas.
"É preciso aumentar urgentemente as garantias de proteção desses territórios, principalmente os que já vêm recorrentemente aparecendo nos nossos alertas de desmatamento. Esse é o caso da terra Yanomami, que apareceu entre os dez territórios indígenas mais desflorestados em 2023 e, em janeiro deste ano, ficou em segundo lugar", concluiu Larissa Amorim.
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