O parlamento alemão aprovou, na quinta-feira, um apelo ao governo germânico para enviar mais armas de longo alcance para a Ucrânia.
Foi rejeitada, no entanto, uma proposta da oposição que apelava ao governo para enviar, especificamente, mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus. Obteve apenas 180 votos a favor. Contra votaram 480 parlamentares.
Segundo a agência Associated Press, a Alemanha tornou-se no segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, a seguir aos Estados Unidos. O executivo do chanceler Olaf Scholz deverá aumentar a ajuda a Kyiv, orçamentando mais de 7 mil milhões de euros em entregas de armamento.
Scholz tem-se mantido na retranca, no entanto, sobre o pedido da Ucrânia de mísseis Taurus - oficializado em maio de 2023 -, que têm um alcance de até 500 quilómetros e poderiam, em teoria, ser usados contra alvos muito além da linha da frente. Não foi esclarecido, até ao momento, se estes mísseis serão, ou não, enviados para Kyiv.
A proposta aprovada apela ao governo para que mantenha o apoio militar, o que inclui "a entrega de mais sistemas de armas de longo alcance e munições", para permitir ataques a "alvos estrategicamente importantes na retaguarda do agressor russo". Fica por esclarecer, no entanto, se os mísseis Taurus fazem parte deste plano. Questionado sobre o assunto por um parlamentar da oposição, o ministro da Defesa, Boris Pistorius, apenas disse: "Não posso responder a isso".
No parlamento, o líder da oposição alemã, Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (CDU), lamentou que a Ucrânia não esteja ainda "a receber totalmente o material de que precisa urgentemente para repelir a guerra de agressão russa com eficácia".
A Rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, causando, segundo a ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
[Notícia atualizada às 18h07]
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