A juíza Baloisa Marquinez "ordenou a prisão preventiva" de Martinelli, 71 anos, por "risco de fuga", segundo um comunicado do tribunal.
Martinelli, presidente entre 2009 e 2014, foi condenado no ano passado por branqueamento de capitais depois de ter comprado uma participação maioritária no grupo de media Editora Panamá América em 2010.
O ex-presidente de direita foi condenado em julho a quase 11 anos de prisão e multado em 19 milhões de dólares.
No início do mês, foi-lhe concedido asilo na embaixada da Nicarágua no Panamá, poucos dias depois de perder um último recurso no Supremo Tribunal.
Manágua pediu às autoridades panamianas que garantissem a sua "rápida partida" para a Nicarágua por razões humanitárias, mas o Panamá rejeitou o pedido.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça afeta as esperanças de reeleição, a 05 de maio, de Martinelli, que denunciou uma "manobra ilegal de última hora" para o afastar da corrida presidencial.
O milionário empresário venceu as primárias do seu partido no início de junho e, apesar dos problemas com a lei, era um dos favoritos para as eleições presidenciais, de acordo com as sondagens.
Martinelli, que era milionário quando se tornou presidente em 2009, tem sido investigado por múltiplos escândalos de corrupção desde que deixou o cargo.
Em 2021, foi absolvido das acusações de espionagem e apropriação indevida de fundos públicos.
Enfrenta outro julgamento, que deverá ter lugar após as eleições de 05 de maio, sobre alegados pagamentos de subornos feitos durante a sua presidência pelo gigante brasileiro da construção Odebrecht para projetos de obras públicas no Panamá.
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