Putin saúda soldados na frente de batalha e rearmamento da Rússia

O presidente da Rússia saudou hoje os soldados que estão a lutar na Ucrânia e o aumento da produção militar do país, numa homenagem às forças armadas, na véspera do segundo aniversário da invasão.

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Lusa
23/02/2024 07:27 ‧ 23/02/2024 por Lusa

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Num vídeo divulgado pela presidência russa, Vladimir Putin descreveu os soldados na frente de batalha na Ucrânia como "autênticos heróis do povo".

"Nos últimos anos, as empresas do complexo militar-industrial aumentaram a produção e entrega às tropas das armas mais solicitadas", acrescentou o chefe de Estado.

Horas antes, a polícia da Ucrânia anunciou uma nova vaga de ataques russos com mísseis e drones, um dos quais causou a morte de três pessoas em Odessa, no sul do país.

O ataque causou um incêndio numa infraestrutura civil, que já foi controlado, acrescentou a polícia, na plataforma de mensagens Telegram.

O governador da região de Dnipropetrovsk (centro-leste), Sergiy Lysak, descreveu, também no Telegram, uma "noite de horror", com equipas de resgate a procurarem pessoas "soterradas entre os escombros de um prédio gravemente danificado" com apartamentos "completamente destruídos".

No relatório diário publicado esta manhã, o Estado-Maior do exército ucraniano referiu ataques noturnos de drones e mísseis russos no país, acrescentando que a defesa aérea abateu 23 drones.

Os EUA vão anunciar hoje novas sanções dirigidas à Rússia, desta vez visando mais de 500 entidades ligadas "aos seus apoios e à sua máquina de guerra", disse um porta-voz do Departamento do Tesouro à agência de notícias France-Presse.

"Vai ser o conjunto [de sanções] mais importante desde o início da invasão da Ucrânia", especificou a fonte.

As sanções vão ser aplicadas pelos departamentos de Estado e do Tesouro e constituem a maior fatia singular das decididas desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

A Casa Branca tinha prometido sanções significativas em resposta à morte na semana passada de Alexei Navalny, o principal crítico do presidente russo, Vladimir Putin, numa prisão no Ártico.

Na quinta-feira, depois de se reunir com a viúva e a filha de Navalny, Biden disse que as sanções iriam ser "contra Putin, que é o responsável pela morte".

Milhares de medidas já foram impostas a dirigentes, empresários, bancos, empresas e setores inteiros da economia da Federação Russa desde o início da guerra.

O EUA e outros aliados da Ucrânia tinham esperança em afetar e isolar a economia russa com uma sucessão de sanções dirigidas ao setor financeiro e fontes de rendimento, como as vendas de petróleo.

Mas Putin trabalhou com o Irão e outros países para minimizar o impacto das sanções internacionais, o que levou a economia russa a crescer a um ritmo inesperadamente saudável, como sinalizou o Fundo Monetário Internacional.

Leia Também: Kara-Murza diz que há "um esquadrão da morte" a "eliminar" opositores

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