Zelensky homenageia soldados mortos em cerimónia com líderes mundiais

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, homenageou hoje os soldados que tombaram na guerra contra a Rússia, numa cerimónia solene onde estiveram presentes a presidente da Comissão Europeia e os primeiros-ministros da Bélgica, Itália e Canadá.

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© BENOIT DOPPAGNE/BELGA MAG/AFP via Getty Images

Lusa
24/02/2024 12:38 ‧ 24/02/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A homenagem decorreu no aeroporto de Gostomel, a poucos quilómetros da cidade de Bucha, local com grande simbolismo, já que foi palco de uma terrível batalha durante os primeiros dias da invasão russa lançada em 24 de fevereiro de 2022.

Na altura, as tropas do Kremlin estavam nos arredores de Kyiv, e tal como em Bucha, os soldados ucranianos foram alvo de um massacre que incluiu muitos atos russos considerados crimes de guerra.

"Venceremos", proclamou o presidente ucraniano, referindo que os ucranianos estão a lutar por isso há 730 dias.

Na cerimónia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a resistência da Ucrânia durante a guerra, e garantiu o apoio da União Europeia "enquanto for necessário".

O Presidente Zelensky "salvou o seu país e deu uma hipótese à resistência ucraniana. Na semana passada, abateu sete caças, levou (os russos) de volta ao Mar Negro e retomou o comércio. Isso parecia impossível há dois anos", disse Von der Leyen.

"Lembremo-nos de como [os ucranianos] chegaram tão longe. Confio que a Ucrânia continuará a surpreender-nos a todos. Enquanto for necessário, fornecer-lhes-emos apoio financeiro, munições e continuaremos a treinar soldados e a investir na indústria de defesa europeia", acrescentou a líder da Comissão Europeia.

A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni - que deverá assinar um acordo bilateral de segurança com Zelensky -, garantiu acreditar "que a Ucrânia também está a lutar pela liberdade e interesse nacional" dos Estados europeus.

"A Ucrânia faz parte da nossa nova casa" e "nós faremos a nossa parte na sua defesa", afirmou Meloni, que, como presidente do G7 (grupo dos sete países mais industrializados), organizou uma videoconferência com os sete líderes dos países para hoje.

"Este local é o símbolo do fracasso de Moscovo e do orgulho da Ucrânia, os planos de Putin foram interrompidos aqui. Lembra-nos que há algo mais forte do que mísseis e guerra: amor pela terra e liberdade", acrescentou Meloni.

"As tropas russas tentaram tomar rapidamente o aeroporto [de Gostomel] e, com ele, a capital ucraniana", lembrou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.

"E hoje estamos aqui porque falharam, como falharam em muitas outras coisas", sublinhou, elogiando a coragem ucraniana e reafirmando o apoio do seu país à Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

O conflito - que entra agora no terceiro ano - provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.

Leia Também: Líderes mundiais estão na Ucrânia nos 2 anos da Guerra. Eis as imagens

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