"Nesta ocasião, prestamos também homenagem à extraordinária coragem de Alexei Navalny e apoiamos a sua mulher, filhos e entes queridos. Ele sacrificou a sua vida lutando contra a corrupção do Kremlin [presidência russa], e por eleições livres e justas na Rússia", lê-se num comunicado conjunto das sete maiores potências mundiais, após uma reunião por videoconferência presidida pela primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, país que detém atualmente a presidência rotativa do G7.
Meloni, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, visitaram hoje Kiev por ocasião do segundo aniversário do início da invasão russa na Ucrânia.
Na nota conjunta, os líderes do G7 apelaram a Moscovo para que "esclareça totalmente as circunstâncias que rodearam" a morte do opositor russo, bem como pediram ao governo russo para que "liberte todos os prisioneiros injustamente detidos e acabe com a perseguição da oposição política e a repressão sistemática dos direitos e liberdades dos russos".
"Vamos responsabilizar os responsáveis pela morte de Navalny, nomeadamente continuando a impor medidas restritivas em resposta às violações e abusos dos direitos humanos na Rússia e tomando outras medidas", acrescentaram.
"As autoridades russas concordaram hoje em entregar o corpo do líder da oposição Alexei Navalny à sua mãe", escreveu Kira Yarmish, porta-voz da equipa do opositor, na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que a mãe de Navalny, Liudmila, ainda se encontra na cidade ártica de Salekhard, perto da prisão onde o filho morreu a 16 de fevereiro.
O G7 integra Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada.
Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu aos 47 anos numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o Presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.
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