Trump diz que EUA perderiam eventual Terceira Guerra Mundial com Biden

O ex-presidente norte-americano Donald Trump afirmou hoje, perante centenas de apoiantes, que os Estados Unidos da América (EUA) perderão uma hipotética Terceira Guerra Mundial se Joe Biden continuar na Presidência.

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© Adam Glanzman/Bloomberg via Getty Images

Lusa
24/02/2024 22:14 ‧ 24/02/2024 por Lusa

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EUA

Num discurso na Conferência da Ação Política dos Conservadores (CPAC, na sigla em inglês), o maior encontro anual da direita americana que hoje termina em Maryland e que a agência Lusa acompanhou, Donald Trump traçou um cenário praticamente apocalíptico caso não regresse à Casa Branca em janeiro do próximo ano, após as eleições presidenciais agendadas para novembro deste ano.

"Ele (Biden) em breve nos fará perder a Terceira Guerra Mundial. Nem estaremos na Terceira Guerra Mundial, estaremos a perder a Terceira Guerra Mundial. (...) Esses são os riscos desta eleição", afirmou o magnata perante uma plateia eufórica por vê-lo.

"A única coisa que está entre vocês e a aniquilação sou eu. É a verdade", acrescentou.

Assumindo que a eleição presidencial de novembro será uma disputa entre si e Joe Biden - mesmo com as primárias Republicanas ainda na fase inicial -, Trump aproveitou a plateia eufórica para lançar duras críticas ao atual chefe de Estado, recebendo sempre fortes aplausos.

De acordo com o magnata, se Biden continuar na Casa Branca (presidência), os EUA serão atacados por "gangues impiedosos", que "invadirão os nossos subúrbios", numa crítica direta aos "estrangeiros ilegais" que entram pelas fronteiras do país, a quem acusou de "estarem a matar" os cidadãos norte-americanos.

"Um voto em Biden é um voto direto para o inferno", declarou, contrapondo que "um voto em Trump é um bilhete de volta à liberdade e o passaporte para sair da tirania".

"O sucesso sem precedentes dos Estados Unidos da América será a minha vingança final e absoluta", acrescentou, ouvindo de volta da plateia: "Nós queremos o Trump", "Nós queremos o Trump".

O candidato à nomeação Republicana para a corrida presidencial voltou ainda a afirmar que os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza "nunca teriam acontecido" se ele ainda estivesse na liderança dos Estados Unidos.

Apesar do cenário dantesco traçado por Trump, a criminalidade violenta está, de facto, a diminuir em todo o país, de acordo com as estatísticas mais recentes da polícia federal norte-americana (FBI).

E apesar da perceção pública, dados recentes sobre a economia mostraram que o crescimento acelerou no ano passado, enquanto a inflação ficou mais perto do objetivo de 2% traçado pela Reserva Federal, provando que Wall Street e economistas académicos estavam errados quando previram uma recessão.

Num discurso a poucas horas das eleições primárias Republicanas na Carolina do Sul, onde enfrentará a ex-embaixadora junto da ONU Nikki Haley, Trump classificou as presidenciais de novembro como o "dia do julgamento" e declarou-se um "orgulhoso dissidente político".

"Para os trabalhadores americanos, o dia 05 de novembro será o nosso novo dia de libertação. Mas para os mentirosos (...), censores e impostores que comandaram o nosso Governo, será o dia do julgamento", disse, sob fortes aplausos.

"Quando vencermos, a cortina fecha-se sobre o seu reinado corrupto e o sol nasce para um futuro novo e brilhante para a América", acrescentou.

A CPAC deste ano apresentou um desfile de políticos Republicanos e personalidades ultraconservadoras que ecoaram os ataques de Trump às políticas de fronteira de Biden e à sua forma de lidar com a economia.

Além disso, não faltou a narrativa de que as 91 acusações criminais que o magnata enfrenta nada mais são do que uma tentativa da administração Biden de prejudicar a corrida do Republicano à Casa Branca, apesar da inexistência de evidências nesse sentido.

A programação da CPAC contou com a participação de aspirantes Republicanos à vice-presidência, incluindo o ex-candidato Vivek Ramaswamy e a congressista norte-americana Elise Stefanik, assim como líderes estrangeiros, como o Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e o chefe de Estado da Argentina, Javier Milei.

[Notícia atualizada às 23h28]

Leia Também: "Não há nada que Trump possa fazer para deixar de apoiá-lo"

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