De acordo com um vídeo publicado nas redes sociais pelo assessor de Trump, Dan Scavino, os dois políticos encontraram-se nos bastidores minutos antes do antigo chefe de Estado norte-americano discursar no mesmo evento, tendo dado um aperto de mãos, um abraço e conversado casualmente, além de tirarem fotografias juntos.
"Fazer a Argentina grande novamente", gritou Trump efusivamente para Milei, aludindo ao seu famoso 'slogan' de campanha "Fazer a América grande novamente", ao qual o Presidente argentino respondeu: "Viva a liberdade".
No seu discurso na Conferência da Ação Política dos Conservadores (CPAC, na sigla em inglês), o maior encontro anual da direita americana que terminou no sábado em Maryland e que a agência Lusa acompanhou, Trump também fez referências ao argentino, que descreveu como "um grande cavalheiro" e "muito popular".
"Ele é um ótimo sujeito e um dos poucos que podem 'fazer' a Argentina grande novamente", acrescentou.
Após mais de uma hora e meia de discurso do candidato favorito dos eleitores Republicanos à Casa Branca e de uma breve intervenção de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi a vez de Milei discursar na CPAC.
Gritando "sou um leão" e "viva a liberdade", Milei subiu ao palco do evento e ofereceu uma análise densa dos impactos negativos da intervenção governamental no crescimento de um país.
Numa sala que praticamente se esvaziou com a saída de Trump, Milei adotou um tom monótono que deixou o público apático, que só aqueceu com as suas palavras finais, através das quais encorajou os participantes a não deixarem o socialismo avançar.
"Não apoiem a regulação. Não apoiem a ideia de falhas de mercado. Não permitam que a agenda assassina avance e não se deixem levar pelo canto da sereia da justiça social", instou.
"Venho de um país que comprou todas aquelas ideias estúpidas e, de um dos países mais ricos do mundo, agora estamos na posição 140. Não desistam da vossa liberdade, lutem pela vossa liberdade, porque se não lutarem pela liberdade, vão levar-vos à miséria", concluiu.
Milei viajou para os Estados Unidos horas depois de ter recebido em Buenos Aires o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, diante de quem defendeu a ideia de que a Argentina "decidiu voltar para o lado do Ocidente, para o lado do progresso", segundo disse à imprensa.
Apesar da proximidade de Milei com Trump, a administração norte-americana (Democrata) liderada pelo Presidente Joe Biden tem vindo a construir uma relação estreita com o novo Governo argentino nos seus primeiros dois meses de mandato.
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