O governo neozelandês considerou não ser possível distinguir entre o braço político e o braço armado do movimento islamita na organização e na concretização dos ataques de 07 de outubro em território israelita e nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e mais de 200 foram feitas reféns pelo Hamas.
"A organização no seu conjunto é responsável por estes terríveis ataques terroristas", declararam o primeiro-ministro, Christopher Luxon, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Winston Peters.
Em 2010, Wellington tinha classificado o braço armado do Hamas como entidade terrorista, indicou Peters.
"O que aconteceu em 07 de outubro reforça que não podemos manter a distinção entre os braços político e armado do Hamas", acrescentaram, numa nota publicada no site do Governo neozelandês.
Esta decisão da Nova Zelândia resulta, ao abrigo da legislação, no congelamento dos ativos do Hamas no país, constituindo crime qualquer transação ou "apoio material" ao grupo.
"Esta designação visa o Hamas e não a prestação de apoio humanitário privado aos civis palestinianos. Da mesma forma, a designação não impede a Nova Zelândia de prestar assistência humanitária e futura assistência ao desenvolvimento em benefício dos civis em Gaza, nem nos impede de prestar apoio consular aos cidadãos neozelandeses ou residentes permanentes na zona de conflito", indicou o Governo.
Israel declarou guerra ao Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo UE, Estados Unidos e Israel.
Desde então, as autoridades de Gaza registaram a morte de perto de 30.000 palestinianos, além de mais de 400 na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
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