Os disparos israelitas contra uma multidão faminta e uma enorme debandada durante uma distribuição de apoio humanitário em Gaza, na quinta-feira, causaram a morte de mais de 110 pessoas, segundo o Hamas, provocando a indignação da comunidade internacional e apelos à responsabilização.
"A China está profundamente triste com este incidente e condena-o veementemente", declarou a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, quando questionada sobre o assunto.
Esta tragédia ocorreu no mesmo dia em que o Hamas palestiniano anunciou que mais de 30.000 pessoas tinham sido mortas em Gaza desde o início da guerra.
A guerra foi desencadeada por um ataque a 07 de outubro por comandos do Hamas que se tinham infiltrado no sul de Israel a partir da vizinha Faixa de Gaza.
O ataque matou pelo menos 1.160 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France Presse baseada em dados oficiais israelitas.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas, considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Israel está a bombardear sem tréguas a Faixa de Gaza, um pequeno território onde vivem os palestinianos.
"A China exorta as partes envolvidas, em particular Israel, a decretarem um cessar-fogo e a porem imediatamente termo aos combates", acrescentou Mao Ning, apelando a que "garantam seriamente a segurança dos civis e assegurem que a ajuda humanitária possa entrar [em Gaza], a fim de evitar uma catástrofe humanitária ainda maior".
O Governo australiano declarou também hoje estar "horrorizado" com o ataque de Israel contra civis palestinianos que recebiam ajuda humanitária em Gaza.
"A Austrália está horrorizada com a catástrofe em Gaza e com a crise humanitária que provocou", declarou a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, numa declaração no X, na qual sublinhou a importância de proteger os civis e de defender a ajuda humanitária para aqueles que "dela necessitam desesperadamente".
Penny Wong, que sublinhou que "este tipo de acontecimentos" é a razão pela qual a Austrália apela há meses a "um cessar-fogo humanitário em Gaza", disse também que pediu aos seus funcionários que transmitissem a condenação diretamente ao embaixador de Israel na Austrália, Amir Maimon.
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