Illia Yevlash alertou, em declarações à Radio Free Europe/Radio Liberty, que as forças russas estão a concentrar esforços para fazer um ataque poderoso na cidade estratégica a oeste de Bakhmut, que caiu nas mãos de Moscovo em maio passado, à procura de avançar em direção a Kostiantynivka, Kramatorsk e Sloviansk.
As forças ucranianas que lutam contra os russos para avançar na direção de Bakhmut referem que têm registado um grande avanço russo nas últimas três semanas e enfrentam ataques constantes, com vaga após vaga de ataques de infantaria e uma variedade de artilharia e 'drones'.
Com a guerra em grande escala agora no seu terceiro ano, as forças russas têm estado a subjugar algumas posições defensivas ucranianas, mobilizando quantidades esmagadoras de artilharia e de tropas num esforço para romper as linhas defensivas em pontos-chave.
Embora os ganhos da Rússia tenham sido pequenos, lentos e dispendiosos, a Ucrânia não tem reservistas suficientes e tem uma grave escassez de munições de artilharia, à medida que o fornecimento de ajuda militar dos parceiros ocidentais diminuiu.
Durante uma visita à região oriental de Kharkiv, o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky assinaram hoje um acordo bilateral de segurança que inclui 2 mil milhões de euros em ajuda militar dos Países Baixos este ano e mais assistência de defesa ao longo dos próximos 10 anos.
Numa publicação na rede social X, Zelensky destacou que o acordo prioriza "o fornecimento de defesa aérea, artilharia, capacidades marítimas e de longo alcance, com ênfase particular no fortalecimento da força aérea da Ucrânia".
No início de fevereiro, a Rússia tomou a estratégica cidade oriental de Avdiivka, esmagando as forças ucranianas com um grande número de tropas e poder de fogo aéreo e de artilharia superior.
As táticas da Rússia nessa batalha, incluindo o uso de 'drones' e dezenas de bombas aéreas para destruir as posições ucranianas na cidade, levantaram preocupações de que podem replicar os mesmos métodos em outros lugares ao longo da linha de frente, se a ajuda ocidental para apoiar sistemas de defesa aérea e munições de armas e artilharia de longo alcance não chegarem rapidamente.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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