As eleições presidenciais, marcadas para 02 de junho, colocam frente-a-frente duas mulheres: Cláudia Sheinbaum do Morena, partido do poder, contra Xóchitl Gálvez, da coligação Frente Ampla, que junta os principais partidos da oposição.
Gálvez deu o pontapé inicial na campanha logo após a meia-noite, realizando um evento em Zacatecas, que tem sido fortemente afetado por atos de violência.
"Os abraços para os criminosos acabaram, eles vão enfrentar a lei", defendeu a ex-senador e empresária tecnológico, recorrendo a uma expressão do presidente López Obrador, que lançou a campanha de segurança "abraços, não balas", direcionando recursos para problemas sociais na origem da violência.
Quatro soldados mexicanos foram mortos por uma mina terrestre no estado de Michoacan, avançou hoje o presidente, considerando que o ataque poderá ter sido uma "armadilha" preparada por um cartel.
O acidente ocorreu na quinta-feira, quando os soldados inspecionavam um acampamento nos arredores de Aguililla e a mina antipessoal foi ativada.
Também esta semana, na segunda-feira, homens armados mataram dois candidatos a prefeito na cidade de Maravatio, em Michoacan, com poucas horas de diferença, avança a Agência norte-americana Associated Press (AP), considerando que este é o mais recente sinal do crime organizado se querer envolver em eleições locais.
Para Gálvez, os eleitores têm agora duas hipóteses: "continuar no mesmo caminho, o que significaria ceder ao crime, ou lutar para defender as famílias, para defender os jovens, para defender aqueles que trabalham".
Já o arranque da campanha de Sheinbaum estava previsto para hoje à tarde na praça principal da Cidade do México, a capital que governou até deixar o cargo para concorrer à presidência.
A candidata prometeu continuar as políticas de seu antecessor e disse que hoje iria apresentar 100 propostas para impulsionar a próxima etapa da "transformação" de López Obrador.
Em lugares como Zacatecas e a vizinha Guanajuato, a abordagem de segurança pesada de Gálvez poderia influenciar os eleitores aterrorizados pelos cartéis de drogas em guerra.
"Não haverá uma prioridade mais importante do que a segurança dos mexicanos", prometeu Gálvez, propondo uma colaboração mais estreita com os Estados Unidos para enfrentar um "inimigo comum" nos cartéis.
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