Pelo menos uma dezena de mortos em ataque de gangues em prisão no Haiti

Pelo menos uma dezena de pessoas morreram num ataque de gangues armados numa prisão civil em Porto Príncipe, no Haiti, na noite passada, que terão libertado vários criminosos importantes durante o assalto.

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© REGINALD LOUISSAINT JR/AFP via Getty Images

Lusa
03/03/2024 14:50 ‧ 03/03/2024 por Lusa

Mundo

Haiti

Segundo a Efe, o número de mortos deverá aumentar ao longo do dia, em resultado do ataque.

O Haiti amanheceu hoje em aparente calma, depois de viver momentos de extrema violência, na noite de sábado, com intensos confrontos entre gangues e a polícia e a entrada de grupos armados na prisão civil, a maior cadeia de Porto Príncipe.

O Governo do Haiti ainda não fez qualquer comentário sobre a situação.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram como o poderoso líder do bando Village de Dieu, Izo, utiliza drones sofisticados para vigiar tanto a prisão nacional, como o Palácio Nacional.

De acordo com as versões que circulam nas redes, o próximo alvo dos grupos armados é precisamente o Palácio Nacional.

Os bandos estão a usar as redes para revelar os seus planos para tomar o controlo de todas as instituições do Estado, com o objetivo de derrubar o Governo.

De momento, não há notícias sobre o regresso ao país do primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, depois de ter participado na cimeira da Comunidade das Caraíbas (Caricom), na Guiana, e da sua posterior viagem ao Quénia, onde discutiu o envio para o Haiti da missão multinacional de apoio à segurança liderada por aquele país africano e aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro.

Na sexta-feira, em Nairobi, o Quénia e o Haiti assinaram um acordo bilateral para permitir o envio de um contingente de 1.000 polícias quenianos.

Desde quinta-feira, a violência aumentou no Haiti, depois de o primeiro-ministro das Bahamas, Phillip Davis, garantir que Ariel Henry se havia comprometido a realizar eleições antes de 31 de agosto de 2025.

Leia Também: Grupos armados invadem prisão no Haiti e libertam reclusos

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