Mãe de brasileiro morto em Portugal vê passaporte urgente negado
PJ investiga a morte ocorrida em Carcavelos.
© Reprodução redes sociais
País Óbito
A mãe do jovem brasileiro que morreu, no domingo, na sequência de agressões físicas junto à praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, viu o seu pedido de passaporte urgente ser negado.
Elisete, mãe de Bruno Ribeiro, não via o filho há cinco anos e pode assim perder a possibilidade de fazer as despedidas fúnebres.
"Esse rapaz tirou tudo o que eu tenho, tirou o meu filho, era tudo que eu tinha na vida. Porque fizeram isso com ele? Está doendo tanto", afirmou ao G1.
"A gente não tem apoio nenhum, nem do consulado, nem de nada. Eu não consegui tirar o meu passaporte de emergência, foi negado. Eu não tirei meu passaporte antes porque ele me disse que viria em dezembro. Não deu tempo", acrescentou a mulher, que pede justiça.
Namorada relata agressões com um pau
A namorada, Gabriela Escalante, afirmou ao G1 que estava com o namorado e um amigo a comer quando, a determinado momento, se afastou da mesa. Foi nessa altura que o cozinheiro se aproximou e terá começado uma discussão com os dois rapazes.
A mulher referiu que o amigo do casal tentou interceder, mas a discussão intensificou-se e o cozinheiro acabou por agredir Bruno com um pau. A vítima sofreu dois golpes na cabeça, tendo caído no chão.
“Ele caiu no chão e o nosso amigo tentou ajudar, mas o cozinheiro ainda bateu com o pau no braço dele”, relatou Gabriela. Questionada sobre o motivo que esteve na origem da discussão, a mulher não soube responder já que não estava perto do namorado nesse momento.
Bruno, que vivia em Portugal com o pai há cinco anos, morreu no local. “O Bruno era uma pessoa muito boa, brincalhão e não arranjava confusão com ninguém. Toda a gente gostava dele”, afirmou o tio da vítima, Roberto Ribeiro.
Recorde-se que o alerta foi dado para a PSP antes das 5h00 de domingo, tendo o suspeito permanecido no local e sido detido pelas autoridades. A PSP tinha adiantado ao Notícias ao Minuto que o suspeito entrou numa "contenda" com um grupo de indivíduos, após ser ameaçado por pedir ao grupo para sair do local.
A Polícia Judiciária está a investigar.
Sublinhe-se que o suspeito está indiciado por um crime de homicídio e ficou em prisão preventiva, segundo informou esta terça-feira a Procuradoria-Geral Regional de Lisboa.
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