"Nunca interferimos nas eleições nos Estados Unidos, nem tencionamos fazê-lo", disse Peskov, referindo-se à votação presidencial norte-americana que se realizará em novembro deste ano, enquanto falava no Fórum Mundial da Juventude na cidade de Sirius, no sul da Rússia.
Peskov recordou que a investigação sobre a alegada interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas ganhas por Donald Trump em 2016 estabeleceu que tal não ficou comprovado.
Recentemente, o Presidente russo, Vladimir Putin, declarou que Moscovo preferia que o atual chefe de Restado norte-americano, Joe Biden, fosse reeleito em novembro próximo.
"De facto, Putin acabou de me fazer um grande elogio. Disse que prefere que Biden seja presidente. Isso é um elogio", disse Trump ao comentar as declarações do chefe do Kremlin.
Nas suas observações, o porta-voz presidencial russo sublinhou que a Rússia não diz a ninguém como viver e não quer que ninguém lhe faça o mesmo.
"É por isso que, naturalmente, vamos reprimir qualquer tentativa, caso alguém interfira nas nossas eleições", avisou.
Peskov disse que Moscovo está ciente de que estão a decorrer reuniões em muitos países para discutir a forma de contestar os resultados das eleições presidenciais russas da próxima semana, nas quais a vitória de Putin é dada como certa.
"Não vamos dar ouvidos às suas conclusões e avaliações. Para nós o importante é a nossa avaliação, para nós o importante é o nosso voto", sublinhou.
Leia Também: EUA/Eleições. Nikki Haley avança apesar de derrota no Nevada