Biden diz que Putin "quis dividir" NATO, que hoje está "mais unida"

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou hoje que o líder russo, Vladimir Putin, "quis dividir" a NATO, mas a aliança militar está "mais unida e determinada" do que nunca, após a adesão formal da Suécia.

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Lusa
07/03/2024 18:36 ‧ 07/03/2024 por Lusa

Mundo

NATO

"Quando Putin lançou a sua guerra brutal de agressão contra o povo da Ucrânia, ele pensou que poderia enfraquecer a Europa e dividir a NATO", disse Biden, em comunicado, pouco depois de o primeiro-ministro sueco ter entregado o instrumento de adesão no Departamento de Estado norte-americano em Washington.

"Em vez disso, em maio de 2022, a Suécia e a Finlândia - dois dos nossos parceiros próximos, com duas forças armadas altamente capazes - tomaram a decisão histórica de solicitar a adesão plena à NATO", salientou o chefe de Estado norte-americano.

Com a entrada da Suécia, declarou, a organização "está mais unida, determinada e dinâmica do que nunca - agora com 32 nações fortes".

"Hoje, reafirmamos uma vez mais que os nossos valores democráticos partilhados - e a nossa vontade de os defender - é o que faz da NATO a maior aliança militar da história do mundo. É o que atrai as nações para a nossa causa. É o que sustenta a nossa unidade", destacou Biden, que hoje profere o discurso do Estado da União perante o Congresso norte-americano.

Juntamente com a Suécia, referiu, a NATO "continuará a defender a liberdade e a democracia durante as gerações vindouras".

"Há 75 anos, quando os Estados Unidos e 11 outras nações se juntaram para criar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, o Presidente Truman afirmou que a Aliança 'criaria um escudo contra a agressão e o medo da agressão'. Hoje, esse escudo - e a segurança transatlântica - é mais forte do que nunca com a adesão formal da Suécia à NATO", considerou ainda.

A adesão da Suécia à NATO, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia e conseguida após dois anos de intensas negociações, ocorreu hoje após a Hungria -- um dos aliados, a par da Turquia, que colocou os maiores obstáculos -- ter depositado formalmente o protocolo de adesão em Washington.

A Suécia "fez uma escolha livre, democrática, soberana e unida para aderir à NATO", declarou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que assinalou que hoje "é um dia verdadeiramente histórico".

"Sentimo-nos gratos, mas também orgulhosos. Iremos corresponder às elevadas expectativas de todos os aliados da NATO", disse o chefe do executivo sueco, que deixou um compromisso: "Partilharemos responsabilidades, obrigações e riscos com os outros parceiros".

Ulf Kristersson sublinhou ainda: "Unidos, manter-nos-emos firmes. A unidade e a solidariedade serão as luzes orientadoras da Suécia enquanto membro da NATO".

Por seu lado, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse também hoje que este "é um momento histórico para a Suécia, para a aliança, para a relação transatlântica".

A integração demonstra o "fracasso estratégico" sofrido pela Rússia, considerou Blinken.

Na sua reação, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, afirmou que a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), agora concluída, torna a organização "mais forte".

"É oficial, a Suécia é o 32.º Estado-membro da NATO e tem o seu devido lugar ao nosso lado. A adesão da Suécia faz com que a NATO seja mais forte, a Suécia mais segura, assim como toda a aliança", escreveu Stoltenberg na rede social X (antigo Twitter).

"Estou ansioso para erguer a bandeira [da Suécia] no quartel-general [da NATO] na segunda-feira", na sede em Bruxelas, disse ainda o responsável, referindo-se à forma tradicional como os aliados acolhem os novos membros.

[Notícia atualizada às 19h11]

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