"Aceitar a comunicação com a ocupação, incluindo as tribos, para trabalhar em Gaza é uma traição nacional que não será permitida", afirmaram fontes de segurança do grupo, citadas pelo diário palestiniano "Filastin", ligado ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Para as autoridades de Gaza, "o inimigo não poderá obter o que perdeu no campo de batalha através de jogos políticos".
A este respeito, avisaram que atacarão "com mão de ferro aqueles que afetam a frente interna".
"Não permitiremos que sejam impostas novas regras. Qualquer tentativa de desestabilizar a nossa segurança e a estabilidade em Gaza falhará", sublinharam.
A declaração surge na sequência de notícias publicadas nos meios de comunicação social israelitas, segundo as quais o Governo israelita poderá optar por armar indivíduos ou clãs em Gaza para garantir a segurança dos comboios de ajuda que entram no enclave após o fim do conflito.
Existem vários grupos ou clãs no enclave palestiniano, alguns deles alinhados com várias fações políticas, embora nenhum deles se tenha pronunciado a favor de uma eventual colaboração ou relação de qualquer tipo com as forças israelitas.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não comentou estas informações, que surgem dias depois de mais de 100 palestinianos terem sido mortos num ataque israelita a um grupo de pessoas que pretendia recolher alimentos de um destes comboios humanitários, no norte da Faixa.
O exército israelita lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza na sequência dos atentados de 7 de outubro do Hamas, que fizeram cerca de 1.200 mortos e 240 reféns. Desde então, as autoridades de Gaza comunicaram a morte de mais de 31.100 pessoas, a que se juntaram mais 415 mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental devido às ações das forças de segurança e aos ataques dos colonos israelitas.
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