"Os navios da marinha russa, da marinha chinesa e da marinha iraniana iniciaram as tarefas relacionadas com as manobras navais internacionais 'Maritime Security Strip 2024', no Golfo de Omã", confirmou o Ministério da Defesa russo, num comunicado divulgado na rede social Telegram.
Segundo a nota do Ministério russo, "durante as manobras, os navios de guerra dos três países realizarão exercícios conjuntas e dispararão contra alvos aéreos e terrestres, além de praticarem a libertação de um navio capturado por piratas".
Neste sentido, o comunicado dos militares russos referiu que "mais de 20 navios, embarcações de apoio e embarcações de combate" estarão envolvidos nos exercícios conjuntos.
A força naval russa é liderada pelo cruzador de mísseis "Variag", navio-almirante da Frota do Pacífico, acompanhado pela fragata antissubmarino "Marshal Shaposhnikov".
O porta-voz iraniano para estas manobras navais, almirante Mostafa Tajaddini, declarou à televisão estatal iraniana que os exercícios conjuntos visam "promover a segurança e a cooperação multilateral", bem como mostrar a boa vontade e as capacidades navais dos aliados.
Tajaddini também referiu que os exercícios conjuntos têm, entre outros, o objetivo melhorar o comércio, enfrentar "a pirataria e o terrorismo, apoiar atividades humanitárias e trocar informações na área de resgate".
Representantes das marinhas do Azerbaijão, Índia, Cazaquistão, Paquistão, Omã e África do Sul participarão nos exercícios como observadores.
Trata-se dos quintos exercícios navais russo-chineses-iranianos realizados no Golfo de Omã.
A chegada dos navios russos ao porto iraniano de Chabahar na segunda-feira coincidiu com notícias publicadas na imprensa da Rússia sobre a demissão do comandante-chefe da Marinha, almirante Nikolai Yevmov, na sequência do afundamento de vários navios por 'drones' navais (aparelhos não tripulados) ucranianos.
O diário Izvestia e o portal Fontanka noticiaram no domingo que Yevmov foi substituído pelo comandante-chefe da Frota do Norte, almirante Alexander Moiseyev.
O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, recusou-se na segunda-feira a comentar as notícias.
"Existem decretos confidenciais. Não os posso comentar. Não houve decretos públicos sobre este assunto", justificou Peskov.
A nomeação de um novo comandante da frota russa é normalmente anunciada por decreto presidencial.
A confirmar-se a substituição, trata-se de uma importante remodelação no seio do comando militar russo.
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