Um estudante de pilotagem terá tentado invadir a cabine de um voo da Alaska Airlines entre San Diego e o Aeroporto Internacional Washington Dulles, nos Estados Unidos, alegando estar a "testar" a tripulação, no dia 3 de março.
Nathan Jones, de 19 anos, seguia a bordo do voo 322, tendo feito "três tentativas separadas para abrir a porta do cockpit", segundo um depoimento do marechal federal Thomas Pattinson, citado pela NBC News.
Perante a situação, os comissários de bordo "solicitaram a assistência de agentes fora de serviço, que prenderam Jones com algemas flexíveis e sentaram-se a seu lado durante o resto do voo", acrescentou o responsável.
Quando questionado pela tripulação quanto ao que estava a fazer, o jovem disse que estava a tentar "testá-los".
Ao mesmo meio, o advogado do adolescente, Robert Jenkins, adiantou que pediu uma avaliação psicológica do seu cliente, uma vez que a família está "muito preocupada com a sua saúde mental".
No pedido, o responsável incluiu uma carta dos guardas prisionais de Alexandria, na Virgínia, que dizem estar a vigiar o adolescente por suspeita de risco de suicídio. Segundo eles, Jones exibe uma "fala incoerente, comportamento desorganizado, instabilidade de humor e parece estar a sofrer de psicose".
Saliente-se ainda que, depois de o voo aterrar, o jovem consentiu a que os seus bens fossem revistados, tendo as autoridades encontrado "vários cadernos com textos a descrever como operar uma aeronave, incluindo técnicas de descolagem, voo e aterragem". Foi também encontrada uma licença de aprendizagem de pilotagem.
Durante o resto do voo, um carrinho de bebidas ficou a bloquear a porta da cabine, com um comissário de guarda.
A Administração Federal de Aviação disse, esta quarta-feira, estar a par do ocorrido e a investigar o caso.
O jovem foi acusado de interferência a uma tripulação de voo, o que acarreta até 20 anos de prisão.
Recorde-se que a companhia aérea tem estado envolta em controvérsia. Na sexta-feira, um avião vindo de Los Cabos, no México, aterrou em Portland, no Oregon, com a porta de carga aberta. Além da carga, vinham vários animais domésticos no porão. Contudo, e apesar do susto, nenhum terá ficado ferido.
Já em janeiro, um avião da empresa perdeu uma das suas portas, em pleno voo, 20 minutos depois de ter descolado do Aeroporto Internacional de Portland com destino a Ontário, na Califórnia. Ninguém estava sentado junto à porta e o aparelho acabou por aterrar em segurança, novamente em Portland. Ainda assim, pelo menos três dos 174 passageiros e seis tripulantes que seguiam a bordo processaram não só a Alaska Airlines, como a Boeing, em 922 milhões de euros.
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