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"Momento histórico". Kamala Harris visita clínica de aborto no Minnesota
Depois da visita, que foi fechada à imprensa, Harris salientou que as mulheres daquele país estão a passar por um "sofrimento silencioso" devido aos ataques contra a sua saúde.
© Reuters
Mundo EUA
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, visitou uma clínica que realiza interrupções voluntárias da gravidez, esta quinta-feira, no Minnesota. A responsável foi a primeira vice-presidente em funções a visitar um estabelecimento dedicado a este tipo de cuidado de saúde, numa altura em que o chefe de Estado, Joe Biden, encarou o direito ao aborto como uma questão fundamental, antes das eleições presidenciais de novembro.
À medida que Harris visitava as instalações do St. Paul Health Center-Vandalia da Planned Parenthood, cerca de duas dúzias de manifestantes contestavam o direito ao aborto, no exterior do edifício, empunhando cartazes que apontavam que a interrupção voluntária da gravidez "não é um tratamento de saúde".
Depois da visita, que foi fechada à imprensa, Harris salientou que as mulheres daquele país estão a passar por um "sofrimento silencioso" devido aos ataques contra a sua saúde.
"Neste momento, enfrentamos uma crise de saúde muito grave, que está a afetar muitas, muitas pessoas no nosso país. Estou aqui nesta clínica de saúde para elevar o trabalho feito no Minnesota como um exemplo de como é a verdadeira liderança", disse a vice-presidente, citada pela agência Reuters.
Sarah Traxler, médica-chefe da Planned Parenthood na região, considerou que a visita de Harris foi um “momento histórico”. De acordo com a responsável, o Minnesota sofreu um aumento no número de abortos desde que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos revogou o processo 'Roe v. Wade', que concedeu o direito constitucional ao aborto no país. Muitas mulheres vinham, inclusivamente, de estados que restringiram aquele direito, apesar dos riscos que as viagens poderiam acarretar, disse ainda.
Além da interrupção voluntária da gravidez, a instituição oferece cuidados de saúde relacionados com o controlo da natalidade e serviços preventivos de bem-estar.
Os democratas acreditam que as liberdades pessoais podem ser uma questão fundamental para as mulheres. Desde então que Harris levou a cabo mais de 80 reuniões sobre o tema.
Durante o seu discurso do Estado da União, que ocorreu na semana passada, Biden prometeu que, se for reeleito presidente, consagrará o direito ao aborto enquanto lei em todo o país.
Leia Também: Macron quer inscrever aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da UE
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