Putin quer trabalhar com adversários para resolver problemas do país

O Presidente russo, Vladimir Putin, que foi reeleito no domingo para um quinto mandato, reuniu-se hoje no Kremlin com os outros três candidatos presidenciais, a quem propôs trabalhar em conjunto para "resolver os problemas do país".

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Lusa
18/03/2024 16:43 ‧ 18/03/2024 por Lusa

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Rússia/Eleições

"Precisamos de continuar ativamente o trabalho conjunto no parlamento do país, o trabalho conjunto para promover essas ideias, cuja implementação nos permitirá estar mais perto de resolver os problemas que o país enfrenta", disse.

Putin recebeu o candidato comunista Nikolai Kharitonov, o representante do Novo Povo Vladislav Davankov e o ultranacionalista Leonid Slutsky.

O chefe de Estado russo sublinhou que todos os candidatos ao Kremlin têm "objetivos comuns".

"Temos objetivos comuns, é óbvio. Sei disso graças aos contactos estreitos com os vossos partidos e com vocês próprios", afirmou.

Os três candidatos, que obtiveram entre 3,2% e 4,31% dos votos, começaram os seus discursos com palavras de felicitações a Putin.

"Permita-me que o felicite. Reconhecemos a sua vitória", disse Kharitonov, o primeiro dos três políticos a intervir.

Slutsky afirmou que o resultado das eleições confirma a "grande autoridade do líder da nação", antes de partilhar alguns pontos do programa do Partido Liberal-Democrático, que dirige desde maio de 2022, após a morte do veterano líder do partido, Vladimir Zhirinovsky.

Davankov, em quem votou parte da oposição russa, também felicitou Putin pela sua vitória "convincente".

"Tem razão quando diz que temos um objetivo comum, que é a vitória na operação militar especial [na Ucrânia] e uma paz duradoura", acrescentou.

Putin, 71 anos, obteve a sua maior vitória eleitoral desde que chegou ao poder em 2000 - quase 76 milhões de votos (87,3%), segundo a Comissão Eleitoral Central da Rússia -, apesar da guerra na Ucrânia e das sanções económicas do Ocidente.

Continuará a ser Presidente do país durante mais seis anos, após os quais poderá voltar a candidatar-se à reeleição, uma vez que alterou as cláusulas da Constituição que o impediam de permanecer no Kremlin em 2020.

A oposição russa não pôde concorrer às eleições, já que as autoridades não registaram os seus candidatos, que apoiavam a paz na Ucrânia.

Leia Também: Opositor russo no exílio denuncia "falsificação maciça" nas eleições

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