Ao prestar tais esclarecimentos, Trump acusou os media de retirarem deliberadamente as suas palavras do contexto, dizendo: "Os falsos meios de comunicação social fizeram um grande alarido com as palavras 'banho de sangue', sabendo que se tratava da diminuição da indústria automóvel".
"São tão maus!", desabafou Trump nas redes sociais.
Numa mensagem dirigida aos seus apoiantes para angariar fundos para a sua campanha, Trump chamou "mentirosos" ao partido democrata e aos meios de comunicação social e acusou-os de utilizarem "um vídeo editado" para manipular e deturpar as suas palavras.
A polémica surgiu no passado sábado durante um comício no Ohio, onde Trump falava das suas propostas para proteger o setor automóvel, quando proferiu palavras confusas prevendo um "banho de sangue" no país se perder as próximas eleições contra o atual presidente, o democrata Joe Biden.
"Vamos impor uma tarifa sobre todos os carros que passarem a fronteira e não os poderão vender se eu for eleito", disse Trump, continuando: "Se eu não for eleito, haverá um banho de sangue. Vai ser um banho de sangue para o país".
Na mesma entrevista, Trump sugeriu que alguns imigrantes sem documentos não são pessoas, afirmando: "Não sei se lhes podemos chamar pessoas. Penso que, nalguns casos, não são pessoas, mas não posso dizer isso".
A equipa de Biden reagiu rapidamente, emitindo uma declaração no sábado, chamando Trump de "perdedor" e acusando-o de querer repetir o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021.
"O povo norte-americano vai dar-lhe outra derrota eleitoral em novembro, porque o povo continua a rejeitar o seu extremismo, a sua propensão para a violência e a sua sede de vingança", declararam os democratas.
As declarações de Trump provocaram um intenso debate nos meios de comunicação social e nas redes sociais no domingo, entre democratas e republicanos, sobre se ele (ao falar em banho de sangue) se referia apenas à economia ou se as suas palavras iam para além disso.
Trump, que nunca admitiu a derrota para Biden nas eleições presidenciais de 2020, foi acusado de tentar reverter os resultados das eleições há quatro anos e de instigar o ataque ao Capitólio.
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