A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, deu conta da "primeira reunião positiva" com o líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, que foi, na madrugada desta quinta-feira, indigitado primeiro-ministro de Portugal.
"Primeira reunião positiva com Luís Montenegro. Parabéns pela sua nomeação como primeiro-ministro de Portugal", começou por escrever a responsável, na rede social X (Twitter).
Von der Leyen considerou ainda que "vivemos um momento crucial para a Europa", mostrando-se "ansiosa por trabalhar" com o social-democrata na qualidade de chefe do Governo português.
"Desejo-lhe todo o sucesso como primeiro-ministro de Portugal. Isto beneficiará a Europa como um todo", complementou.
Good first meeting with @LMontenegroPSD.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 21, 2024
Congratulations on your nomination as Prime Minister of Portugal.
We live a pivotal moment for Europe.
I’m looking forward to working with you.
I wish you every success as PM of Portugal. This will benefit Europe as a whole. pic.twitter.com/ayKWFK0MPy
Esta manhã, durante a reunião na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, que durou cerca de 15 minutos, Luís Montenegro garantiu a von der Leyen não existir "nenhuma razão" para preocupação com a estabilidade política do país, salientando "responsabilidade" face à União Europeia.
Prometeu, além disso, rapidez na execução do Plano de Recuperação e Resiliência para "recuperar atrasos", esperando nova tranche ao país no final deste mês.
O primeiro-ministro indigitado está em Bruxelas para participar na cimeira do PPE.
Após um encontro com o primeiro-ministro cessante, António Costa, para troca de cumprimentos, Luís Montenegro encontrou-se mais tarde com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também do PPE.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitou hoje Luís Montenegro como primeiro-ministro, durante uma audiência que decorreu já depois da meia-noite.
O 19.º presidente do PSD vai assumir a liderança do Governo nove anos depois de o partido ter deixado o poder, em 2015, sem ter tido experiência executiva, embora já tenha dito publicamente que recusou por três vezes ocupar cargos no Governo (com Santana Lopes e duas com Passos Coelho) por razões familiares.
[Notícia atualizada às 12h40]
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