Rússia fez "ataque maciço" em retaliação contra incursões na fronteira
A Rússia efetuou um total de 49 ataques contra a Ucrânia na última semana, incluindo um "ataque maciço" hoje registado, em resposta aos recentes ataques nas suas regiões fronteiriças de Belgorod e Kursk.
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Mundo Ucrânia
Num comunicado, o comando russo deu conta do ataque maciço lançado hoje com "armas aéreas, navais e terrestres de alta precisão e de longo alcance, bem como 'drones', contra alvos energéticos, complexos industriais militares, cruzamentos ferroviários, arsenais e instalações" das tropas ucranianas.
A Defesa russa declarou que "o ataque afetou o funcionamento das empresas que fabricam e reparam armas e munições".
"Além disso, foram destruídos equipamentos militares estrangeiros e armas fornecidas à Ucrânia por países da NATO e foi impedida a entrega de reservas inimigas à linha da frente", referiu a mesma nota informativa, citada pelas agências internacionais, acrescentando que todos os alvos foram atingidos.
"De 16 a 22 de março, em resposta ao bombardeamento dos nossos territórios, às tentativas de incursão e à tomada de localidades fronteiriças russas, as Forças Armadas russas lançaram 49 ataques de retaliação com armas de longo alcance lançadas do ar, incluindo mísseis hipersónicos Kinzhal e 'drones'", afirmaram as autoridades militares russas.
De acordo com o departamento militar, em resultado dos ataques, foram atingidos "centros de decisão do Exército ucraniano, aeródromos, oficinas de reparação de armas, depósitos de 'drones' [aparelhos não tripulados] aéreos e náuticos, bases de abastecimento e áreas de preparação para militares ucranianos e mercenários estrangeiros".
Há vários dias que a Rússia tem vindo a registar relatos diários de 'drones' e mísseis abatidos nas regiões fronteiriças com a Ucrânia, em particular na região de Belgorod, que tem sofrido várias incursões de milícias voluntárias russas que combatem do lado ucraniano.
Pelo menos 21 civis russos foram mortos em resultado destes ataques nos últimos dez dias.
Kiev denunciou hoje o lançamento do maior ataque russo ao setor energético, com mais de 90 mísseis e 60 'drones'.
"O inimigo está a levar a cabo o maior ataque recente à indústria energética ucraniana", disse hoje o ministro da Energia da Ucrânia, German Galushchenko.
"O objetivo russo não é apenas causar danos, mas tentar provocar novamente um colapso em grande escala do sistema energético do país", acrescentou.
Galushchenko referia-se à campanha de ataques russos maciços a centrais elétricas e centrais térmicas ucranianas que deixaram milhões de ucranianos sem eletricidade durante semanas após novembro de 2022.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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