A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, afirmou, numa entrevista televisiva, que não existe "nenhuma prova" de "envolvimento ucraniano" no massacre reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Também a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, Adrienne Watson, afirmou, em comunicado, que o EI "tem total responsabilidade" pelo ataque e que "não houve envolvimento ucraniano".
Washington responde ao discurso de sábado do Presidente russo, Vladimir Putin, que anunciou que "os quatro autores" do ataque foram presos "enquanto se dirigiam para a Ucrânia", sem mencionar a reivindicação do EI.
As autoridades ucranianas têm negado qualquer envolvimento no episódio.
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar na sexta-feira por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa.
O EI afirma que o ataque ocorreu no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
Na noite de sábado, o EI divulgou um vídeo alegadamente feito pelos autores do massacre, dentro da sala de concertos moscovita.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de onze indivíduos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o atentado.
O número de vítimas mortais no ataque aumentou para 137, incluindo três crianças, anunciaram hoje investigadores russos, referindo que foram encontradas armas e munições no local.
A Rússia vive hoje um dia de luto nacional pelas vítimas. Desde o início do dia que os cidadãos levam flores ao local do atentado, na cidade de Krasnogorsk, com as bandeiras russas em todas as instituições estatais a meia haste.
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