Os quatro presumíveis atacantes a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo que provocou pelo menos 137 mortos foram condenados a prisão preventiva por dois meses, deliberou um tribunal da capital russa.
No dia em ouviram a sua sentença, os suspeitos surgiram em público revelando os seus rostos, e mostrando também aquelas que são as consequências dos seus atos às mãos das autoridades russas.
Saidakrami Murodali Rachabalizoda, Shamsidin Fariduni, Dalerdzhon Mirzoyev, e Muhammadsobir Fayzov são quatro de vários suspeitos de terem perpetrado o ataque no Crocus City Hall.
Note-se que, até ao momento, as forças de segurança detiveram 11 pessoas relacionadas com o ataque, das quais quatro participaram pessoalmente no atentado, segundo as autoridades russas.
Segundo a CNN Internacional, os quatro suspeitos surgiram um a um, na sala de tribunal, tendo todos eles sido acusados de um crime terrorista que segundo a lei russa pode ser condenado a prisão perpétua.
O primeiro foi Dalerdzhon Mirzoyev. O homem, de 32 anos, natural do Tajiquistão, tinha um registo temporário de três meses na cidade de Novosibirsk, no sul da Rússia, na Sibéria, mas estava atualmente caducado.
Seguiu-se Saidakrami Rachabalizoda, homem que alegou ter documentos russos, mas disse não se lembrar onde estavam. Acredita-se que tenha nascido em 1994, ou seja, terá 30 anos.
Shamsidin Fariduni nasceu em 1998 no Tajiquistão e é cidadão deste país asiático. Estava empregado numa fábrica na cidade russa de Podolsk e estava registado na cidade de Krasnogorsk.
O mais novo de todos os quatro detidos é Muhammadsober Faizov. O jovem, de 20 anos, apareceu de cadeira de rodas e apático. Ia acompanhado por um médico. Faizov estava temporariamente desempregado, tendo antes trabalhado numa barbearia em Ivanovo, uma cidade a nordeste de Moscovo, e está registado nessa cidade.
Na galeria acima pode ver o momento em que cada um deles se apresentou no Tribunal russo, embora alertemos para o facto de que algumas fotos possam ferir as suscetibilidades dos leitores mais sensíveis.
Recorde-se que ataque, reivindicado por um grupo filiado no movimento 'jihadista' Estado Islâmico (EI), foi o mais mortífero em solo russo os últimos anos.
O número de mortos no ataque aumentou para 137, incluindo pelo menos três crianças, de acordo com o último balanço oficial, tendo sido referido que foram encontradas armas e munições no local.
O Departamento de saúde da região de Moscovo indicou ainda que 101 pessoas permanecem internadas, 61 recebem tratamento ambulatório e 20 tiveram alta, num total de 182 feridos.
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