Membro da oposição já é candidato às presidenciais na Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela disse hoje que o membro da oposição Manuel Rosales se registou como candidato às presidenciais de 28 de julho contra o atual Presidente, Nicolás Maduro.

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© FEDERICO PARRA/AFP via Getty Images

Lusa
26/03/2024 07:44 ‧ 26/03/2024 por Lusa

Mundo

Venezuela

"Rosales foi registado pela 'Un Nuevo Tiempo' [Um Tempo Novo]. Fizeram-no por meios eletrónicos" na página especial do CNE para o registo de candidaturas mesmo antes da meia-noite (05:00 em Lisboa), anunciou o presidente do conselho, Elvis Amoroso.

Rosales, de 71 anos, o atual governador do estado petrolífero de Zulia (noroeste), foi candidato presidencial em 2006, tendo sido então derrotado pelo anterior Presidente Hugo Chávez.

A lista final de candidatos não será divulgada antes do final de abril, mas para já estão inscritos 10 candidatos que se apresentam como opositores a Maduro.

Mas a principal coligação da oposição na Venezuela anunciou não ter conseguido registar Corina Yoris como candidata às presidenciais antes do encerramento oficial das nomeações.

"Informamos a opinião pública nacional e o mundo que trabalhámos o dia todo (...) para tentar exercer o nosso direito constitucional de nomear o nosso candidato", disse um dirigente da oposição Omar Barboza.

"Isto não foi possível. Não nos foi permitido aceder ao sistema" de registo de candidaturas, disse Barboza, num vídeo difundido pela Plataforma Unitária Democrática (PUD).

A PUD, que reúne os principais partidos da oposição, queria registar como candidata Corina Yoris, filósofa e professora universitária de 80 anos, designada como substituta de María Corina Machado.

María Corina Machado, favorita nas sondagens, foi indicada como candidata da PUD depois de vencer as eleições primárias em outubro, mas foi privada do direito de ocupar cargos públicos durante 15 anos.

Na segunda-feira, Corina Yoris explicou que tinha esgotado todos os meios ao seu alcance para tentar resolver a situação e tentado reclamar na sede do CNE, mas acusou o organismo de estar "tomado por militares que não permitem o acesso".

Yoris acusou também Nicolás Maduro, que horas mais tarde oficializou a candidatura a um terceiro mandato de seis anos, de desrespeitar a Constituição da Venezuela.

 

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