"Não é assim que lutamos", sublinhou Kuleba, alegando que "as atrocidades contra civis" fazem parte do comportamento russo, "como tem sido visto nos últimos dois anos", desde que o presidente Vladimir Putin ordenou a invasão militar do país vizinho.
Cerca de 140 pessoas morreram no atentado de sexta-feira num auditório nos arredores de Moscovo, pouco antes de um concerto, e embora o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) tenha reivindicado a autoria e Putin tenha identificado os responsáveis como islamitas, os principais políticos russos continuam a apontar Kyiv como facilitador da operação terrorista.
Tudo isto ocorre num contexto de escalada dos bombardeamentos russos na Ucrânia.
Entre 18 e 24 de março, caíram sobre a Ucrânia 190 mísseis de vários tipos, 140 'drones' Shaheed e 700 bombas guiadas, de acordo com números apresentados por Kuleba num encontro virtual com meios de comunicação internacionais.
"A Ucrânia é o único país no mundo atacado com mísseis balísticos quase todos os dias", acrescentou o chefe da diplomacia ucraniana, que pediu mais sistemas de defesa antiaérea -- em particular os sistemas Patriot - para contrariar as ameaças russas.
Quanto à chegada dos primeiros caças F16, Kuleba reconheceu que é um assunto complicado, mas que "a situação pode mudar", lembrando o plano inicial de que as entregas comecem no verão.
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