As autoridades do Tajiquistão deviteram nove pessoas que estarão ligadas aos autores do ataque de 22 de março ao teatro Crocus City Hall, nos arredores de Moscovo, resultando na morte de 144 pessoas.
"Nove residentes do distrito de Vajdar (um subúrbio da capital tajique, Dushanbe) foram detidos por contacto com as pessoas que cometeram o ataque terrorista de 22 de março", informou a agência estatal russa RIA Novosti, citando informações de uma fonte não identificada dos serviços secretos do Tajiquistão.
Os detidos terão ligações ao Estado Islâmico, que reivindicou a autoria do ataque. As forças de segurança terão também estado envolvidas na operação para deter os suspeitos.
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar na sexta-feira por volta das 20h15 de Moscovo (17h15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em inglês) comunicou a detenção de 11 pessoas relacionadas com o atentado.
Entre os detidos, encontram-se quatro suspeitos de ter perpetrado o atentado (que são acusados de "ato de terrorismo", crime punível na Rússia com prisão perpétua), comunicou o diretor do FSB, Alexander Bortnikov, ao Presidente russo, Vladimir Putin.
Os suspeitos, que ofereceram resistência, foram detidos numa estrada da região de Briansk, junto à fronteira com a Ucrânia, para onde, segundo as autoridades russas, pretendiam alegadamente fugir.
Nas últimas horas, as autoridades do país vizinho Quirguistão alertaram que grupos terroristas estão a recrutar pessoas através das redes sociais e dos serviços de mensagens, incluindo o Telegram, para realizar "ações terroristas" na Rússia.
Segundo os investigadores russos, as causas da morte são ferimentos de bala e asfixia devido ao fumo do incêndio provocado pelos atacantes na sala de espetáculos.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) informou que deteve 11 pessoas relacionadas com o atentado, reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
[Notícia atualizada às 14h26]
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