Segundo o jornal The Times of Israel, o parlamento israelita deverá votar hoje a segunda e terceira leituras do projeto de lei, depois de já ter dado "luz verde" à primeira leitura da iniciativa em meados de fevereiro.
Netanyahu contactou o chefe de disciplina do seu partido, Likud, Ofir Katz, para lhe pedir que assegure a aprovação do projeto de lei. O primeiro-ministro prometeu "atuar imediatamente para encerrar a Al-Jazeera" após a aprovação do projeto de lei.
Se os deputados aprovarem a nova lei, o primeiro-ministro e o ministro das Comunicações terão autoridade para ordenar o encerramento de meios de comunicação social estrangeiros que operam em Israel, bem como para confiscar o seu equipamento, caso considerem que este representa "um verdadeiro prejuízo para a segurança do Estado".
Em meados de novembro, o gabinete de segurança israelita aprovou um projeto de lei que permite o encerramento de meios de comunicação social estrangeiros, após semanas de desacordo com as publicações da televisão Al-Jazeera, do Qatar, e da rede Al-Mayadin, próxima do Irão.
Israel está atualmente envolvido numa guerra na Faixa de Gaza contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), depois de, em 07 de outubro, o grupo islamita palestiniano ter matado cerca de 1.200 pessoas e feito 240 reféns numa série de ataques em território israelita.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) responderam a esses ataques do Hamas com uma campanha militar sangrenta na Faixa de Gaza, que causou até agora a morte de mais de 32.800 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, e mais de 75.000 feridos.
O Governo israelita não está satisfeito com o tratamento dado pelos meios de comunicação social à sua operação militar em Gaza, especialmente por meios de comunicação como a Al-Jazeera.
O próprio Netanyahu censurou há meses o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, pela forma como a cadeia britânica BBC tratou a guerra.
Leia Também: Gaza. Netanyahu acusa Hamas de ter "endurecido" posição nas negociações