"Estes lançamentos constituem uma ameaça para os vizinhos da Coreia do Norte e comprometem a segurança regional", declarou um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, denunciando uma nova "violação das múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
A mesma fonte indicou que os EUA continuam a ser a favor de "uma abordagem diplomática" e apelaram ao regime de Pyongyang "para se empenhar no diálogo".
Trata-se do terceiro teste de míssil balístico desde o início do ano, após o lançamento no mês passado de um míssil de combustível sólido supervisionado pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un, e de um outro teste com uma ogiva hipersónica manobrável em janeiro.
Pouco depois do anúncio do lançamento, o Ministério da Defesa sul-coreano anunciou a realização também hoje de um exercício aéreo conjunto com Washington e Tóquio perto da península coreana, envolvendo bombardeiros B52-H com capacidade nuclear e caças F-15K.
O teste do míssil norte-coreano ocorre alguns dias depois de a Rússia ter vetado, pela primeira vez em 14 anos, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que prolongaria até 2025 o mandato do painel de peritos que auxilia o comité de sanções para a Coreia do Norte.
A resolução, redigida pelos EUA, recebeu 13 votos a favor, a abstenção da China e o voto contra da Rússia, que como membro permanente do Conselho de Segurança tem o poder de bloquear um projeto de resolução.
O projeto visava estender o mandato do painel de peritos até 30 de abril de 2025 e solicitava aos especialistas que apresentassem de forma confidencial o seu relatório intercalar ao Conselho.
Os EUA criticaram a Rússia por ter vetado a resolução e questionaram os motivos de Moscovo para se opor a esta renovação de mandato.
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