"A NATO foi concebida como uma aliança, moldada, criada e dirigida pelos Estados Unidos como um instrumento de confrontação, especialmente no continente europeu. E, a este respeito, continua a cumprir a função", criticou o porta-voz do Kremlin (presidência).
Dmitri Peskov afirmou que a NATO, "atualmente, não contribui de forma alguma para a segurança, previsibilidade e estabilidade da segurança no continente".
"Pelo contrário, é um fator de desestabilização", acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.
Criada em 4 de abril de 1949, com a assinatura do Tratado do Atlântico Norte, em Washington, a NATO teve 12 países fundadores, incluindo Portugal.
Conhecida pela sigla inglesa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte conta atualmente com 32 membros, incluindo vários países que pertenceram à aliança rival, o Pacto de Varsóvia, dominado pela antiga União Soviética.
Os membros mais recentes são a Finlândia e a Suécia, que abandonaram a tradicional neutralidade para aderir à aliança militar ocidental na sequência da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A possibilidade de a Ucrânia aderir à NATO, bem como a Geórgia, foi um dos argumentos usados pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para justificar a invasão do país vizinho e desencadear uma guerra que vai no terceiro ano.
Sobre as relações entre a Rússia e a NATO, o porta-voz do Kremlin disse que "passaram praticamente para o nível de confronto direto".
"Os países da NATO, a própria Aliança, não está constantemente a aumentar [a sua presença], mas já se envolveu no conflito na Ucrânia", disse.
Peskov acusou os aliados de prosseguirem a aproximação e de reforçarem a presença das infraestruturas militares junto à fronteira russa.
O Kremlin acusa a NATO de envolvimento direto na guerra na Ucrânia por fornecer grandes quantidades de armas a Kiev, o que, segundo Moscovo, só irá prolongar o conflito e o sofrimento dos ucranianos.
Putin negou recentemente que a Rússia tenha planos para atacar os países da NATO, uma declaração repetida hoje pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
Tais suspeitas são "absurdas e sem sentido", afirmou Lavrov durante um encontro com diplomatas estrangeiros em Moscovo.
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