Kyiv "continua a querer que Europa faça parte das garantias de segurança"

O eurodeputado do PSD Sebastião Bugalho defendeu hoje que a Ucrânia continua a querer que a Europa faça parte das garantias de segurança pós-cessar-fogo, apesar de Kiev considerar essencial uma relação com os Estados Unidos.

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© PSD/ flickr

Lusa
26/02/2025 13:33 ‧ há 4 horas por Lusa

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Ucrânia

Em declarações à agência Lusa após uma visita à capital ucraniana no terceiro aniversário da invasão russa, Sebastião Bugalho afirmou que a delegação de parlamentares de países europeus que integrou ouviu claramente das autoridades ucranianas que "a relação entre a Europa e os Estados Unidos é fundamental para conseguir paz e segurança na Ucrânia, apesar de óbvias diferenças de perspetiva".

 

"Foi-nos reiterada a necessidade de manter a relação entre a Europa e os Estados Unidos do ponto de vista económico, para a reconstrução. Nem a Ucrânia nem a Europa desistiram de fazer parte de um processo de arquitetura de segurança. A Ucrânia continua a querer que a Europa faça parte desta decisão", destacou.

O social-democrata indicou que os Estados Unidos poderão também fazer parte dessa "arquitetura de segurança" para assegurar o cumprimento de um cessar-fogo em função do acordo para exploração pelos norte-americanos de minérios raros na Ucrânia que o Presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu a Kiev.

"Uma posição ponderada seria esperar para ter acesso integral ao documento quando for assinado pelos dois líderes para termos uma ideia mais clara dos direitos que os Estados Unidos se reservarão para defender o seu investimento", recomendou.

Sobre o papel do Presidente francês, Emmanuel Macron, que foi a Washington falar com o seu homólogo norte-americano sobre a abertura de negociações de paz e o diálogo que Trump tem mantido com o Presidente russo, Vladimir Putin, Sebastião Bugalho referiu que para os ucranianos, "não há uma capital europeia maior que Bruxelas".

"Macron tem uma responsabilidade grande, manteve sempre uma boa relação com Trump e ainda bem que assim é, mas não vejo sinal de que isso secundarizasse Bruxelas em favor de qualquer outra capital", avaliou.

A delegação de parlamentares de 22 países da União Europeia e extra-27, que foi recebida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e por outros altos responsáveis, demonstrou "a abrangência do apoio à Ucrânia" em nacionalidades e ideologia, considerou.

"Vinte e dois parlamentos diferentes, todos solidários com a Ucrânia, todos europeus. É um sinal positivo e necessário que os países aliados se façam representar através das suas instituições mais democráticas", acrescentou, depois de Donald Trump ter chamado "ditador" a Volodymyr Zelensky por não se realizarem eleições no país que enfrenta há três anos uma invasão que já terá provocado centenas de milhares de mortos em ambos os lados do conflito.

Leia Também: Ucrânia? Rússia não está a considerar opções para envio de força europeia

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