Os serviços de segurança russos (FSB) detiveram três outras pessoas suspeitas de terem estado envolvidas no atentado terrorista levado a cabo contra a sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscovo, a 22 de março.
Um cidadão russo e dois estrangeiros, todos originários da Ásia Central, foram detidos em Moscovo, Ecaterimburgo e Omsk, noticiou a agência TASS, esta quinta-feira.
“Durante as buscas, foi apurado que dois dos detidos transferiram dinheiro para a compra de armas de fogo e veículos utilizados no ataque terrorista, e que o terceiro esteve diretamente envolvido no recrutamento de cúmplices e no financiamento dos responsáveis”, adiantaram as autoridades, citadas pelo mesmo meio.
Apesar de o atentado, que provocou 145 mortos e mais de 500 feridos, ter sido reivindicado por um grupo ligado à organização terrorista Estado Islâmico, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, reafirmou hoje a acusação do envolvimento da Ucrânia.
Aliás, Moscovo admitiu que o atentado foi feito por um grupo de islamitas de origem tajique, mas tem insistido em procurar uma "pegada ucraniana". Afirmou, por isso, ter provas do financiamento dos terroristas por parte da Ucrânia, uma afirmação que Kyiv negou categoricamente.
As autoridades russas já fizeram várias detenções na sequência do atentado, incluindo os quatro suspeitos de o terem concretizado.
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