"Os ataques terroristas chegaram ao fim, com a morte de 10 membros das forças de segurança e 18 terroristas", noticiou a televisão estatal, citada pela agência francesa AFP.
Os combates eclodiram durante a noite na província de Sistão e Baluchistão, quando homens armados atacaram postos da Guarda da Revolução e uma estação da guarda costeira, noticiou a agência Irna.
Os postos atacados situam-se nas cidades de Rask, Sarbaz e Chahbahar, cerca de 1.400 quilómetros a sudeste da capital, Teerão.
A TV estatal referiu que os atacantes tomaram vários civis como reféns em dois locais, que foram libertados depois de forças de segurança terem reassumido o controlo das três áreas.
Inicialmente, a comunicação social iraniana divulgou um balanço de 13 mortos, que foi depois atualizado para 20 e, agora, para 28 vítimas mortais.
Os 10 mortos do lado das forças de segurança incluem seis membros da Guarda da Revolução, dois polícias e dois elementos da guarda costeira, segundo a TV estatal, citada pela agência norte-americana AP.
Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas, algumas delas em estado grave.
Citando um comunicado oficial, a agência noticiosa Irna atribuiu os ataques a "terroristas e criminosos armados filiados em serviços secretos estrangeiros", que não identificou.
A intenção era "perturbar a segurança e privar o povo da paz", acrescentou.
O grupo 'jihadista' Jaish al-Adl (Exército da Justiça, em árabe), instalado no Paquistão, reivindicou a autoria dos ataques na plataforma Telegram.
O grupo, formado por separatistas da etnia baluchi, uma minoria de cerca de 10 milhões de pessoas espalhadas pelo Irão, Paquistão e Afeganistão, luta pela independência da província de Sistão e Baluchistão.
A região tem uma população maioritariamente sunita e nela operam grupos fundamentalistas que se opõem ao regime xiita de Teerão.
Formado em 2012, o grupo separatista fez vários ataques em solo iraniano nos últimos anos.
Em dezembro, o Jaish al-Adl reivindicou a autoria de um atentado contra uma esquadra de polícia em Rask, em que morreram 11 polícias iranianos.
Em meados de janeiro, o Irão efetuou um ataque no Paquistão, visando a sede do grupo, segundo a agência noticiosa iraniana Mehr.
O Irão e o Paquistão acusam-se frequentemente de permitir que grupos rebeldes operem a partir dos respetivos territórios para lançar ataques.
A região, uma das menos desenvolvidas do Irão, serve também de base a grupos de contrabandistas e traficantes de droga, que aproveitam a porosa fronteira entre o Irão e o Paquistão.
O Jaish al-Adl é considerado uma organização terrorista pelo Irão e pelos Estados Unidos.
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