"Numa mensagem escrita, a República Islâmica do Irão alertou os líderes norte-americanos para não serem arrastados para a armadilha de Netanyahu (primeiro-ministro israelita)", afirmou o vice-chefe de gabinete do presidente iraniano, Mohammad Jamshidi, na rede social X.
Jamshidi referia-se à morte de sete guardas revolucionários no ataque ao consulado em Damasco, de que Teerão acusou Telavive.
"Permaneçam longe para não se magoarem", acrescentou a mensagem a Washington, segundo a fonte presidencial.
Por seu lado, os Estados Unidos responderam à mensagem iraniana com o pedido de que o Irão não atacasse alvos americanos.
"Em resposta, os Estados Unidos pediram ao Irão que não atacasse as instalações americanas", disse Jamshidi.
O alerta iraniano surge no meio de altas tensões causadas pelo assassinato de guardas revolucionários em Damasco, entre os quais estão o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, o brigadeiro-general Mohamed Reza Zahedi, e o seu segundo-comandante, o brigadeiro-general Mohamed Hadi Haj Rahimi.
Além disso, cinco outros oficiais do corpo militar de elite e seis cidadãos sírios foram mortos.
Os sete soldados foram enterrados hoje numa cerimónia fúnebre em Teerão, no meio de novos avisos de que o Irão responderá a Israel pelas suas mortes.
As autoridades iranianas prometeram vingar a morte dos militares, naquele que foi o pior golpe após a morte de Qasem Soleimani, um general que chefiou a Força Quds até ser morto pelos EUA num atentado bombista em 2020 no Iraque.
Em resposta aos apelos à retaliação iraniana, as autoridades israelitas garantiram que Israel está em "alerta máximo" e pronto para "uma variedade de cenários".
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