O chefe da diplomacia francesa inicia no Quénia a sua primeira viagem a África desde que iniciou funções em janeiro, num périplo que o levará, até terça-feira, ainda ao Ruanda e à Costa do Marfim.
Na cerimónia de domingo, 07 de abril, na qual o Ruanda relembrará os 30 anos do início do genocídio no país, a França será representada por Séjourné e pelo secretário de Estado do Mar, Hervé Berville, que nasceu no Ruanda e foi retirado do país pelo exército francês nos primeiros dias do genocídio.
Na cerimónia, na qual Macron não estará presente, vai ser partilhada uma mensagem em vídeo publicada nas redes sociais da presidência, anunciou a comitiva francesa à agência noticiosa France-Presse (AFP).
O genocídio do Ruanda ocorreu de 07 de abril a meados de julho de 1994, período de 100 dias durante o qual a maioria hutu, liderada por extremistas étnicos, realizou um massacre contra a minoria tutsi e hutus moderados, do qual resultaram cerca de 800 mil mortos.
Esta semana, o Presidente francês, Emmanuel Macron, que já em 2021 tinha reconhecido as "responsabilidades" da França, declarou que o seu país "poderia ter impedido o genocídio" no Ruanda em 1994 "com os seus aliados ocidentais e africanos", mas "não teve a vontade de o fazer".
Hoje, no Quénia, Séjourné fará, com a sua homóloga Musalia Mudavadi, "um apelo conjunto ao financiamento do clima" e reunirá-se-á com o Presidente queniano, William Ruto.
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