Guerra híbrida? "Ocidente usa tecnologias como ferramenta contra Rússia"

As palavras são da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, que sugeriu que a "NATO continua a desenvolver as suas capacidades militares, com o objetivo de preparar e conduzir operações cibernéticas".

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Notícias ao Minuto
10/04/2024 19:13 ‧ 10/04/2024 por Notícias ao Minuto

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Maria Zakharova

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, sugeriu, esta quarta-feira, que a NATO está ocupada a desenvolver as suas capacidades para ataques cibernéticos e operações de informação contra a Rússia.

"A liderança militar e política da NATO continua a desenvolver as suas capacidades militares, com o objetivo de chegar ao espaço de informação russo e preparar e conduzir operações cibernéticas", começou por dizer Maria Zakharova, citada pela agência Tass.

Segundo a diplomata, "os EUA e os seus aliados estão a utilizar uma rede de centros situados ao longo do perímetro das fronteiras do nosso país - na Estónia, Letónia, Finlândia - controladas pela Agência de Segurança Nacional [dos EUA]".

"No futuro, eles querem envolver a Moldova e, infelizmente, a Geórgia, onde laboratórios cibernéticos estão a ser criados para fornecer apoio operacional e técnico a grupos e pessoal do comando cibernético ou das forças de operações especiais da NATO", acrescentou.

Maria Zakharova considerou ainda que estes centros são utilizados para monitorizar e recolher dados de inteligência e processar cenários de ataques a importantes infraestruturas de informação da Rússia.

"Tudo isto serve como prova de que o Ocidente, escondendo-se atrás de 'slogans' sobre a proteção dos chamados valores, usa as tecnologias de informação e comunicação como uma das ferramentas da guerra híbrida que foi desencadeada contra a Rússia", frisou.

Zakharova sugeriu ainda que "a Ucrânia também se tornou um ponto de apoio para a agressão contra a Rússia no espaço da informação". "As autoridades em Kyiv dizem isto abertamente e orgulham-se de realizar ataques cibernéticos contra o nosso país, muitas vezes tentando até assumir a responsabilidade por operações fictícias", continuou.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços decisivos no teatro de operações, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

Leia Também: Berlim aprova pacote de medidas para ajudar a reconstruir a Ucrânia

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